São Paulo (AUN - USP) - A detecção e a análise de situações de stress em jogadores de basquete é o objetivo do principal projeto de pesquisa trabalhado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (Geppe), da Escola de Educação Física e Esporte da USP. Sob a coordenação do professor Dante De Rose Junior, do Departamento de Esporte da EEFE-USP, o grupo, formado por profissionais e graduandos das áreas de Esporte e Psicologia, iniciou no último dia 10 mais um ano de trabalho.

O processo de pesquisa utilizado neste projeto consiste em colher depoimentos de atletas em diversos níveis de atividade, desde iniciantes na faixa de 16 a 19 anos até profissionais com carreira internacional. De Rose faz questão de frisar que o grupo não se detém exclusivamente ao estudo teórico, dando destaque à pesquisa de campo. “Nós trabalhamos em função da opinião dos atletas”. Além deste projeto, que já contou com a participação de 19 atletas olímpicos de basquete, o Geppe mantém contato com a equipe de basquete feminino do BCN/Osasco. Com o apoio desta parceria, o grupo estuda a relação entre o índice de desempenho técnico e a variante psicológica, apreendida do contato com as jogadoras.

O sucesso destes projetos motivou a extenção dos estudos a outras modalidades esportivas, como tênis, futebol, natação, ginástica olímpica e outras. Além disso, o grupo prepara uma proposta de projeto de iniciação científica a ser encaminhado à Fapesp em breve. Tal proposta dirige-se a analisar a influência de fatores psicológicos, como o stress e a ansiedade, sobre o desempenho de árbitros de basquete.

Há 9 anos, o Geppe vem se dedicando a analisar a influência de fenômenos e aspectos psicológicos ligados à prática esportiva em diversas categorias. A meta inicial para este ano é concluir trabalhos iniciados no ano passado, para serem apresentados em congressos e divulgados em periódicos nacionais e estrangeiros, especializados no setor de Esporte e Psicologia. Desde a sua criação, o grupo já apresentou cerca de 60 trabalhos e se prepara para o Congresso Pré-Olímpico, de 7 a 13 de setembro, na cidade autraliana de Brisbaine. “Considerando a média de divulgações da Universidade, este é um número bastante razoável”, gaba-se De Rose da invejável produtividade do grupo que coordena.

No ano passado, a equipe apresentou trabalhos em eventos e publicações de renome tanto em âmbito nacional como internacional, incluindo congressos nos EUA e na Europa. O Geppe se reúne todas as sextas-feiras das 8 às 10 horas da manhã, sendo formado por cerca de 20 pesquisadores. Admite ainda profissionais e estudantes tanto da USP quanto de outras escolas, interessados nesta área de pesquisa.