ISSN 2359-5191

07/04/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 02 - Educação - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Alunos da USP estudam saída para a Cratera de Colônia

São Paulo (AUN - USP) - Uma resposta rápida para o problema urbanístico da Cratera de Colônia. É esse o objetivo do Projeto Inicial 2005, atividade que reúne alunos do segundo ao último ano de Arquitetura da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).

Pelo quarto ano consecutivo, todas as disciplinas obrigatórias e optativas de Projeto de Edificações iniciaram seus trabalhos em março de 2005 com uma atividade inaugural de projeto, comum a todas as turmas, e que tiveram a duração de três semanas. O projeto consiste em uma intervenção que considere soluções para a Cratera de Colônia, em Parelheiros, na cidade de São Paulo, e alternativas para sua progressiva ocupação irregular.

A Cratera de Colônia é uma formação geográfica na região de Parelheiros, a cerca de 30 km do centro, cuja hipótese de surgimento é o impacto de um meteoro sobre a Terra há 35 milhões de anos. Consiste em uma parte central plana de 3,5 km de diâmetro cercada por morros de até 125 metros de altura dispostos em anel, com ecossistemas preservados, áreas agrícolas tradicionais, um presídio estadual e um loteamento irregular de aproximadamente 20 mil habitantes.

A escolha do lugar se deve aos diversos problemas que o local apresenta, como moradias em áreas de risco, favelas, loteamentos clandestinos e ocupações em área de proteção ambiental. E também a questão das águas, pois a cratera é uma das principais nascentes da represa Billings.

O projeto

Para terem uma noção real do problema, os alunos puderam assistir a palestras com a equipe técnica da subprefeitura de Parelheiros, que também coordenou as visitas dos estudantes ao local e forneceu material técnico.

Os alunos, divididos em 70 grupos de 7 a 10 pessoas, tiveram que apresentar uma intervenção física que considere um destino para a Cratera, seja uma solução de caráter global ou uma proposta localizada. Isso tudo a partir de um conceito de integração, já que em cada grupo era necessário haver pelo menos um aluno de cada ano.

“É o primeiro trabalho de projeto vertical que engloba várias disciplinas ao mesmo tempo com praticamente todos os alunos da escola e trata de questões emblemáticas da cidade, sempre envolvendo órgãos públicos e sociedade civil”, completa o professor Antonio Carlos Barossi, um dos coordenadores e orientadores do projeto.

O objetivo do projeto é trazer para o meio acadêmico problemas reais e atuais e chamar a atenção da sociedade, para assim induzir pesquisas, trabalhos e projetos. Segundo o professor, “formar os estudantes dentro de um contexto crítico de discussão da cidade a partir de seus problemas reais, colaborando para que sua atuação futura como profissionais e cidadãos seja compatível com a realidade do país”.

Soluções inusitadas

Nenhuma ação direta será realmente implantada na região da Cratera a partir desse trabalho, mas espera-se que as questões ali presentes recebam mais atenção, em particular da universidade. “Como a possibilidade de uma harmonia entre urbanização e natureza”.

Mesmo assim, os alunos movimentaram toda a FAU durante o período pensando na solução mais adequada. Foram apresentados desde o convencional, como loteamentos e parques, até idéias mais utópicas, como um zepelim com laboratórios e centros de pesquisa pairando sobre a cratera.

O projeto pode ser visto nos estúdios da FAU e também está disponível na internet, no endereço http://www.usp.br/fau/projetoinicial2005 , resultado de uma experiência interativa entre os alunos e a rede.

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