No primeiro semestre de 2014, será inaugurada uma exposição chamada Pensando Evolutivamente a ser instalada no hall dos dois prédios principais Instituto de Biociências (IB) da USP. A coordenadora do projeto é a professora Alessandra Bizerra, mas ela mesma afirma que este é um projeto coletivo, pois envolveu alunos, docentes e funcionários.
Alessandra trabalha na área de educação não formal, em especial na área de museus. Quando entrou como professora na USP, a exposição que estava instalada no instituto já durava mais de 30 anos. Então, ela sentiu a necessidade de organizar outra.
Com o tema de evolução, a exposição pretende ser como uma atração de museu. Os tópicos específicos serão abordados e relacionados nos dois prédios: um com foco em zoologia e o outro em botânica: "A ideia é que as exposições dialoguem, porque a gente parte do pressuposto que a pessoa, na hora que ela vê algum conteúdo, ela possa relacionar com outros conteúdos que ela já conhece e ter uma chance de pensar sobre isso novamente".
Uma parte da exposição será intitulada como Pesquisa do IB. Ela será rotativa e, cada 4 ou 5 meses, segundo a pesquisadora, uma pesquisa do Instituto será abordada. A exposição contará também com um gabinete de curiosidades: "Coisas diferentes da biologia, que podem chamar a atenção do público". Mais do que mostrar uma curiosidade, esse setor visa explicar a teoria que existe por trás daquilo em, por exemplo, plantas carnívoras ou peixes diafanizados – técnica onde se é possível deixar toda a carne do animal translúcida e apenas os seus ossos coloridos.
Outro tema a ser tratado, ainda dentro do campo da evolução, é a biodiversidade dos organismos. Além de mostrar isso nos animais e plantas, Alessandra pensou nos seres-humanos: “A variabilidade está aqui, a gente vê na espécie humana uma variabilidade incrível”, afirma a pesquisadora, que vai montar um painel de fotos 3x4, das pessoas que compõe o Instituto. O conjunto dessas fotos formará o logo do IB.
Além do conteúdo, a Pensando Evolutivamente contará com aparatos de museus, como iluminação, piso e cor de paredes diferentes. Seu principal público alvo são os grupos de ensino médio e fundamental que visitam o Instituto pelo programa Estação Biologia – que realiza esse trabalho há mais de 25 anos.
Partes específicas da exposição servirão como material de pesquisa para alguns alunos e docentes do IB, e a interação das pessoas com ela já funcionando será campo de pesquisa para Alessandra.