O Tanque de Provas Numérico da Escola Politécnica da USP, em parceria com a Petrobras, desenvolve, por meio de supercomputadores, simuladores que possam reproduzir fielmente os fenômenos e condições das interações entre fluidos e sólidos e escoamentos multifásicos – onde há mais de um líquido interagindo, como a água e o óleo.
Dessa forma, ao reproduzir as condições de contato entre navios e água, os simuladores ajudam no desenvolvimento de tecnologias para extração do petróleo e do gás na camada marinha do pré-sal. “As simulações servem para validar hipóteses e prever comportamentos de plataformas em contato com o oceano em determinadas condições físicas”, diz Filipe Oliveira, pesquisador do Método de Partículas (MPS). “Graças a eles, podemos evitar projetos que envolvam sucessivas tentativas reais e que demandariam muito mais investimento e mão-de-obra”.
O Método de Partículas MPS trabalha com o estudo de fenômenos hidrodinâmicos não lineares, ou seja, que envolvam superfície livre, com grande deformação de contorno e fragmentação e junção de fluídos. Condições semelhantes a essas são encontradas em caso de acidentes com a plataforma – quando ocorra vazamento de óleo e inundações e mistura de fluidos. Em caso de sucesso podem se destinar a estabilizar petroleiros avariados.
Tanque de Provas Numérico
O novo Tanque de Provas Numérico do Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica, construído em 2010 com apoio da Petrobras, tem o objetivo de auxiliar nas pesquisas e no desenvolvimento de tecnologia para aplicação nas camadas do pré-sal.
O Tanque possui 1,6 mil metros quadrados a mais de área que o anterior e é controlado por computadores com velocidade de processamento altíssimas, capazes de fazer até 55 trilhões de operações por segundo.