São Paulo (AUN - USP) - O primeiro a ter a palavra foi o venezuelano Jesús María Aguirre, da Universidad Católica Andrés Bello. Ele discorreu sobre o processo de democratização da comunicação em seu país nesses últimos 25 anos e, logo de inicio, disse que não iria falar sobre Hugo César Chavez e suas políticas comunicacionais.
Aguirre começou sua exposição dando um panorama dos meios de comunicação na Venezuela e o contexto nacional e internacional das Políticas de Comunicação a partir da Conferência da Costa Rica, na década de 70, que foi responsável pelo início da “globalização” do pensamento em comunicação da América Latina.
As discussões foram pautadas por estudos do final dos anos 60 que abrangiam os campos de concentração dos meios de comunicação, da cobertura da imprensa dos EUA e da comunicação de cultura de massa.
Sobre a Nova Ordem Internacional da Informação ele citou exemplos como o caso peruano e sua revolução na imprensa. O caso, que ficou marcado pela ruptura dos monopólios e a independência e ponto de vista críticos da imprensa, teve grande influência nos meios de comunicação venezuelanos. Também pontuou suas expectativas sobre essa nova configuração dos meios informativos e expôs intenções de planificar o setor.
Aguirre analisou a evolução dos planos do campo comunicacional em seu país. Falou sobre os planos que tentaram implementar, principalmente sobre o Projeto RATELVE. Esse projeto se refere ao plano de radiodifusão nacional e não foi implementado e discorreu sobre os fatores que obstruíram seu êxito.
Por fim, Jesús María Aguirre falou sobre as possíveis linhas de ação abertas pela conjuntura atual de crise nacional e internacional dos meios de comunicação. Colocou as diferenças entre os meios impressos e os de radiodifusão e televisivo, pois justamente por essas diferenças é que políticas diferentes devem ser adotadas.