“O desenvolvimento sustentável e a governança da internet, juntamente com o combate à miséria e os direitos humanos, são hoje as principais discussões da política externa mundial”. Foi o que afirmou o Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, em conferência do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo no dia 6 de junho.
Acompanhado de Pedro Dallari, diretor do IRI, e Décio Oddone, coordenador do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (Gacint), o ministro abordou o tema “Política externa, desenvolvimento e integração regional”.
O chanceler defendeu a integração regional, e afirmou que ela deve ser central na política externa brasileira. “Não há desenvolvimento se um país estiver descolado do seu redor. A prosperidade de um leva à prosperidade dos outros”, disse. Além da integração econômica e política, o ministro ressaltou a importância da integração física, da comunicação e também deu destaque ao setor de energia.
Quando perguntado sobre um possível conflito entre os blocos econômicos do Mercosul e a Aliança do Pacífico, defendeu “Não importa em que velocidade em que esses processos aconteçam. O que importa é que eles compatíveis e convergentes.”
Além disso, o ministro também falou sobre a posição do Itamaraty em relação à política internacional e à imprensa, quando perguntado sobre a falta de declarações fortes por parte do Ministério. “A política externa brasileira não é feita via imprensa, e sim através de canais diplomáticos. Poder é capacidade de influenciar, e o Brasil tem essa capacidade, até mais do que outros países, exatamente por ser discreto. Não se pode dialogar com quem grita.”