ISSN 2359-5191

26/08/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 45 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Faculdade de Odontologia inicia pesquisa sobre efeitos de distúrbios alimentares na saúde bucal do paciente
Atuação do dentista pode diagnosticar doença e otimizar tratamento
Anorexia afeta mais de 250 milhões de pessoas no mundo

Professores e alunos da Faculdade de Odontologia da USP (FO) iniciaram um grupo de pesquisa para investigar os efeitos que distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia, podem causar na saúde bucal de pacientes. De acordo com a professora Andrea Lusvarghi Witzel, uma das responsáveis pelo projeto, seu objetivo é “avaliar as alterações da saúde bucal decorrentes desses transtornos através da análise da quantidade e qualidade da saliva, presença de cáries, erosão ácida, candidíase bucal e dores advindas de disfunções da articulação temporomandibular”.

Muitos sinais e sintomas que se originam de distúrbios alimentares manifestam-se na cavidade bucal. Alguns deles são boca seca devido à falta de produção de saliva, a xerostomia; aumento de cárie; erosão dental; ranger ou apertar de dentes durante o sono, o bruxismo; hipersensibilidade dentinária; inflamação da parte interna da boca e garganta, a mucosite; e inflamação da gengiva, gengivite.

O conhecimento desses sinais e sintomas possibilitam ao cirurgião-dentista realizar o diagnóstico dos transtornos e o encaminhamento para o tratamento adequado. Além, é claro, de tratar as doenças bucais e evitar que se agravem.

Distúrbios alimentares “são, hoje, sério problema de saúde pública no Brasil”, explica Andrea. Para ela, a solução envolve diferentes áreas da saúde, inclusive a odontologia, “cujos profissionais devem participar do diagnóstico, tratamento e interação multidisciplinar para a restauração da saúde integral do paciente”.

Fase de recrutamento

O tratamento dos distúrbios alimentares envolvem profissionais de várias áreas. Para atender a todos os aspectos da doença, a equipe de pesquisa da FO é multidisciplinar e envolve, além de Andrea, a professora Sílvia Vanessa Lourenço, da própria FO; o professor Táki Athanássios Cordás, coordenador geral do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas; a professora Silvia Siqueira, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP; e de Fábio Salzano, vice-coordenador do Ambulim; além de alunos de graduação e pós.

O projeto, que já foi aprovado pelo comitê de ética, está em fase de recrutamento de pacientes para preencherem as 30 vagas disponíveis. Para participar é preciso ter acima de 18 anos com diagnóstico médico prévio de bulimia e/ou anorexia nervosa. Os interessados devem enviar um e-mail para reconstruindosorrisos@gmail.com ou gandrea@usp.br. Através do e-mail, serão enviadas todas as informações a respeito do projeto, além de se agendar uma triagem.

O estudo oferecerá tratamento gratuito para sensibilidade dental, candidíase bucal e remoção de cáries e as consultas acontecerão na Clínica de Especialidades da FO.


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