ISSN 2359-5191

03/11/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 78 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Programa de Prevenção agiliza atendimentos e especializa protocolos
Com o programa, as filas de espera diminuem e mais pacientes são tratados

O Cape, Centro de Atendimento a Pacientes Especiais, é um serviço da Faculdade de Odontologia da USP que oferece tratamento odontológico especializado e gratuito a pessoas que exigem um cuidado maior. Há 25 anos, o projeto foi idealizado em meio à dificuldade que indivíduos com HIV tinham ao procurar cirurgiões-dentistas por conta do desconhecimento sobre as formas de contágio do vírus. Atualmente, os profissionais pesquisam sobre outras doenças como diabetes, paralisia cerebral e síndrome de Down para conseguir dar o atendimento ideal a todos que procuram o serviço. Cerca de 800 consultas são realizadas por mês e a lista de espera apresenta crescimento constante.

O retorno de consultas, até 2013, não seguia nenhuma diretriz específica para pessoas com necessidades especiais. Foi pensando nisso que as dentistas Karin de Sá Fernandes, Marina Helena Cury Gallottini e Adriana de Oliveira Lira Ortega criaram um projeto de prevenção em pacientes com necessidades especiais. São aplicados dois protocolos, um deles indicado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e outro pela Universidade de Copenhagen. São perguntas sobre os problemas bucais apresentados e os hábitos de escovação. Além disso, é feita uma orientação de higienização, ao paciente ou ao seu cuidador, com aplicação de solução evidenciadora de placa bacteriana. O produto tinge as partes “sujas” do dente, mostrando onde a limpeza costuma ser esquecida.

Este procedimento é feito por alunos da graduação sob a supervisão direta das dentistas Karin Sá Fernandes e Adriana de Oliveira Lira Ortega. Assim, os estudantes, ainda em formação, têm contato com essa área da Odontologia, e potencializam o tempo dos profissionais do serviço. Assim, eles conseguem realizar mais atendimentos curativos, enquanto os alunos são responsáveis pelo tratamento preventivo.

Os protocolos são fundamentais para a otimização das consultas do Centro. Karin explica: “São alguns parâmetros que vão dizer em quantos meses o paciente tem que retornar, normalmente indicamos a volta de três a seis meses, mas não existe nenhum trabalho específico que indique, de acordo com o problema bucal apresentado, o período ideal de retorno.” O objetivo do projeto é, no futuro, a elaboração de um protocolo próprio, especializado não só de acordo com o problema bucal do paciente, mas, também, ligado às suas necessidades especiais.

Até o momento mais de 300 pacientes do Cape foram submetidos a protocolos preventivos. Espera-se um número maior de casos e documentos para que estes possam ser reunidos, analisados e, enfim utilizados para criação de um protocolo especializado para pacientes com necessidades especiais. Por hora, o projeto já é eficaz por promover a saúde bucal, diminuir as filas de espera do serviço e por proporcionar o aumento do número de atendimentos curativos.

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