ISSN 2359-5191

06/07/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 14 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Energéticas
Ipen abre portas para visita ao reator nuclear

São Paulo (AUN - USP) - O Ipen é uma das poucas unidades sediadas na Cidade Universitária que tem acesso restrito ao público. Some-se a isso, o tipo de pesquisa conduzida pelo instituto, que aborda o conhecimento da energia nuclear, assunto sempre secreto e motivo de discórdia e desentendimento até entre nações.

Quebrando mitos quanto a esse suposto “isolamento”, o instituto está de portas abertas para receber visitantes da população.

Edvaldo Fonseca, que coordena a área de visitas ao Ipen, explica que a abertura das visitas ao órgão foi contemporânea à abertura do regime político no Brasil, há vinte anos. Na época da ditadura militar, as únicas visitas que o Ipen recebia eram de membros do governo, ligados a secretarias e ao ministério de Ciência e Tecnologia. “A partir dos anos 80, começamos a trazer alunos e professores”, diz Edvaldo “com o objetivo de aproximar a ciência que está sendo desenvolvida aqui da população e de estudantes”.

O instituto abre todos as suas dependências a visitas, sem exceção. Mas é óbvio que alguns setores chamam mais a atenção do que outros. O reator nuclear, que foi inaugurado em 1958 com presença de Juscelino Kubitscheck e Jânio Quadros, então presidente da República e governado do Estado de São Paulo, respectivamente, é o recordista de visitas. Edvaldo explica o motivo do sucesso: “É o único reator de pesquisa que existe na cidade de São Paulo”.

Em seguida, os setores preferidos pelos visitantes são o de processamento de radiofármacos e de radiação de amostras para indústria e agricultura.

Só em 2004, o Ipen recebeu 1.267 pessoas, e as visitas vêm se mantendo em uma média de 1.170 por ano.

O que talvez não deixe esse número ser ainda maior são algumas limitações que são obrigatoriamente impostas às visitas. O reator, por exemplo, não funciona todos os dias e, assim, só recebe visitantes às 2ªs e 3ªs feiras. Além disso, só pode receber no máximo 15 pessoas por visita, por motivos de segurança. Já o acelerador cíclico só funciona às 2ªs feiras.

A idade é outro fator de restrição: menores de 18 anos não podem visitar o instituto. Desta forma, os alunos de ensino fundamental e médio ficam excluídos do programa. Justamente para eles, existe o oferecimento de palestras que o Ipen realiza voluntariamente com seus pesquisadores em escolas que solicitem “uma complementação ao que os professores vêm desenvolvendo”, explica Fonseca.

A maior parte dessas palestras, segundo Edvaldo, aborda os temas “proteção radiológica” e “aplicações da energia nuclear”.

Para solicitar palestras ou agendar visitas ao instituto, é preciso entrar em contato com a assessoria de comunicação do Ipen, através do número 3816-9092 ou 3816-9095 ou pelo e-mail pergunta@ipen.br .

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