Um modelo computacional pretende prever a performance de uma rede de sensor sem fio. Essa foi uma das propostas feitas pelo engenheiro Renan Alves em sua dissertação de mestrado defendida no Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica. Isso permite descobrir vários informações de uma rede como a frequência e o tamanho dos dados para que, posteriormente possa aplicá-la a um ambiente.
O trabalho foi iniciado em 2012 e partiu da continuação do Trabalho de Conclusão de Curso realizado por ele e que se baseou no mapeamento por sensores do movimento do braço de uma pessoa. A partir disso, após a indicação do tema pela orientadora Cintia Borges Margi, Alves seguiu estudando o assunto até sua conclusão neste ano.
Redes de sensores sem fio são uma tecnologia com a capacidade de conectar dispositivos a um ambiente e conseguir medir diferentes informações dele. É um ramo novo na área computacional que se preocupa com a questão de monitoramento de locais. Alves exemplifica: “Para se fazer o monitoramento de um prédio, colocam-se vários sensores que vão enviar dados do ambiente para uma central”. Portanto, as redes de sensores sem fio podem ser aplicadas a diversas áreas, como agrícola, medicinal ou humana. Outro exemplo comum é para o controle da temperatura e umidade de um ambiente específico, como uma estufa agrícola.
A proposta é um programa computacional em fase inicial que consegue dar vários detalhes de uma rede, como o número de dispositivos, com que frequência ele vai gerar dados e qual o tamanho do arquivo. Além disso, fornece informações de quantos bits por segundo ele vai transferir de fato. A ideia é mostrar toda a performance de uma rede sem fio. “Tem um dispositivo que está gerando os dados e é interessante que o computador os receba rápido. Então, através da minha pesquisa, eu desenvolvi um modelo que posso prever qual o atraso da entrega desses dados”, explica.
Uma aplicação que pode ser feita ao nosso dia-a-dia é a análise da performance de sensores que medem a temperatura de uma estufa. Para se realizar essa leitura, um técnico iria estimar a medição por segundo desses sensores, a partir da quantidade de dispositivos que existem em uma estufa, e definiria o tamanho dos dados. Com isso o modelo consegue dizer se os dados conseguirão ser transferidos, a velocidade da trasmissão e quanto de energia se dissipa para realizar essa transmissão.