ISSN 2359-5191

08/12/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 96 - Saúde - Faculdade de Saúde Pública
Recursos financeiros determinam qualidade de vida de idosos
Fator é influenciado diretamente por recursos materiais e financeiros
Reprodução

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa deve passar de 14,9 milhões, em 2013, para 58,4 milhões, em 2060. Ainda de acordo com o orgão, a maior fonte de renda de 74,7% dos idosos com mais de 65 anos é a aposentadoria ou a pensão: grande parte já não está no mercado de trabalho. Portanto, é preciso um maior investimento de recursos para manter a boa saúde e atender as necessidades das pessoas idosas.

“Dinheiro não garante a felicidade, mas ajuda. Para as pessoas idosas, nem se fala”, afirma Luiz Cesar Mesquita, da Faculdade de Saúde Pública.  O pesquisador também comenta  que muitos idosos ainda são responsáveis por manter ou complementar a renda familiar, investimento que poderia ser feito na melhoria do bem estar, como em uma alimentação de melhor qualidade. No entanto, para ele, é “difícil acreditar que autoridades irão fazer investimentos significativos para atender as necessidades primordiais das pessoas idosas”. Isso devido a uma cultura imediatista da sociedade, que busca atender causas e necessidades presentes, acredita Mesquista.

Sua dissertação mostra dados obtidos através de pesquisa realizada com idosos frequentadores do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp). Entre eles, 85,9%  avaliaram sua saúde como “excelente”, “muito boa” ou “boa”. Além disso, quando comparam a sua situação de saúde com a de outras pessoas da mesma idade, 64,1% demonstram mais otimismo e consideram que estão melhores. Mesquita também usou dados do Prinutha, grupo de pesquisa da USP que agrega pesquisadores da área econômica, farmacêutica e da saúde pública.

Em sua pesquisa ele também aborda o conceito de “qualidade de vida”, que possui diferentes significados. Para os idosos, pode significar inserção pessoal e fazer amizades. “Mais do que saúde física e renda, aspectos afetivos tem um espaço significativo na definição de qualidade de vida dos idosos”, afirma Mesquita. Conhecer o que pensam os idosos e suas necessidades pode ser um grande passo na estruturação de programas para a melhoria da qualidade de vida, em todas as esferas, dessa parte da população, que em alguns anos será maioria no país.

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