No Brasil, utiliza-se muito herbicidas à base de glifosato no controle de plantas daninhas, pesquisa de Esther Lopes Ricci Ardari Camargo, feita na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP demonstra possíveis danos in utero a prole de ratos expostos a tais substâncias tóxicas. Entre os vários nomes e patentes que os vendem, destaca-se a marca Roundup.
Estes produtos tem acrescido à sua formula algumas substâncias para ampliar a absorção direta pelas membranas plasmáticas dos vegetais, estas são a principal preocupação da pesquisa, em identificar exatamente quais sintomas estas toxinas podem causar a animais que são expostos.
Como estudo inicial, utilizaram-se ratas em estado de gestação para medir as consequências à vida adulta e à prole destes animais, além das influências destas toxinas na gestação. O estudo focou-se principalmente nas possíveis alterações neurocomportamentais que poderiam vir a ocorrer.
Inicialmente a pesquisa não demonstrava nenhuma influência na gestação das ratas, estas não tiveram seu peso materno alterado e nem diminuídas suas vontades de alimentar-se e hidratar-se. No entanto, no momento de nascimento, notou-se que o grupo de controle teve um número muito maior de sua prole nascido vivo e em condições normais.
Detectou-se então alguns casos de CMA (Comportamento Materno Agressivo) entre as ratas expostas às toxinas, exames laboratorias confirmaram a diminuição nos níveis do hormônio prolactina, responsável pela regulamentação do comportamento materno normal.
Nos filhotes que nasceram vivos mesmo com a exposição, não houveram alterações físicas, neurocomportamentais, emocionais ou motoras. Embora preliminar, este estudo levanta a preocupação das possíveis interações que tais toxinas tenham com seres humanos que entrarem em contato com ela, ja que tais ratos possuem uma química cerebral e desenvolvimento gestacional muito próximo ao nosso.