Para melhor contribuir na preservação e criação em cativeiro de ranfastídeos, o pesquisador Daniel Bernardo Chabu da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ-USP) descobre forma não invasiva de medir níveis de hormônios reprodutivas em excretas dos animais. Estudo foi feito desta forma para observar melhor as interações livres dos animais e minimizar o estresse que o contato humano causa nestes.
Tendo os tucanos e araçaris como principais representantes deste grupo de aves, pouco conhecimento se tinha sobre as interações sociais destes animais. A pesquisa baseou-se muito na observação destes animais para que, aliando aos dados obtidos, se entenda melhor a reprodução destes pássaros.
O grupo de estudo era constituídos de 12 aves, 3 casais da espécie tucano-toco e 3 casais da espécie tucano-de-bico-verde. Foram medidos os níveis de metabólicos durante e fora das fases reprodutivas. Mediu-se testosterona em fêmeas e machos, e progesterona e estradiol apenas em fêmeas.
Níveis de testosterona foram detectados durante as duas fases do animal, tendo pico na fase reprodutiva. Progesterona só se detectou durante a fase reprodutiva, por um problema na pesquisa, não se obteve resultados sobre os níveis de estradiol.
A observação notou que estes animais são mais ativos durante sua fase de reprodução, no entanto, ao notarem que estão sendo observados, raramente interagem entre si.
Esta forma de estudo mostrou-se muito eficaz na identificação de costumes sociais dos animais que pesquisas estressantes e invasivas não conseguem obter. Também se torna um marco para estimular formas mais respeitosas de pesquisas em animais.