Baseada em estudos humanos com resultados positivos, pesquisadora da FMVZ-USP, Joice Fülber, procura células-tronco no líquido sinovial em articulações de cavalos. Resultados positivos podem se tornar uma alternativa de tratamento para animais que sofrem de osteoartrite e osteocondrose.

Ainda não finalizada, pesquisa foi feita em diversos animais com articulações saudáveis ou com algum tipo de aflição, até o momento encontra-se resultados positivos no encontro de células com potencial de serem células-tronco.

Três fatores são decisivos para classificar uma célula como tronco: habilidade de aderir a plástico, presença de alguns marcadores específicos (CD-34 negativo, CD-44 positivo e CD-90 positivo) e principalmente, habilidade de conversão em tecido cartilaginoso, ósseo e adiposo.

O processo de cultivo de tais células, explica Joice, não acontece de forma 3D como a cultura popular tende a acreditar. “Você não vai ver formar um ossinho” ela afirma, o cultivo é feito utilizando plástico como ambiente e leva muito tempo para apresentar resultados, mesmo após se “estimular” as células para sua “transformação”.

Em humanos os resultados da procura por células-tronco nesta região já são comprovadamente positivos, e embora não seja ainda uma prática médica comum a utilização destas, as pesquisas já se encontram praticamente finalizadas.

Usando deste fator, Joice escolheu explorar a possiblidade de utilizar células da mesma região afligida que deseja tratar para procurar a reconstrução destes tecidos, em equinos já são mais sedimentados o uso de células-tronco de outras origens. A pesquisa pretende se firmar como a primeira a obter células-tronco direto dos tecidos das articulações dos animais. A previsão de revelação dos resultados finais da pesquisa é para o início de 2015.