No última dia 24, no Instituto de Matemática e Estatística da USP, aconteceu a reunião inaugural do projeto IMEmpreende. Com foco em quem já tem propensão em investir, o projeto tem com objetivo ligar o IME com o “mundo exterior”.
O IMEmpreende nasceu após o professor Fábio Kon organizar um sub-evento dentro o evento maior que comemorava os 40 anos do curso do Bacharelado em Ciência da Computação do IME-USP, em setembro de 2014. Paulo Salem, diretor executivo do IMEmpreende, explica que a iniciativa visa encorajar e fortalecer o empreendedorismo entre alunos, ex-alunos, professores e ex-professores do instituto. “Queremos aproximar essas pessoas para que possam compartilhar idéias, experiências, notícias e dicas empreendedoras com outros oriundos de uma cultura acadêmica comum”, afirma Salem. O IMEmpreende se baseia em cinco objetivos: estabelecer e fortalecer uma "rede social" de IMEanos empreendedores; incentivar e apoiar IMEanos empreendedores de diversas formas; aproximar o mercado do IME; conectar os membros a outras iniciativas semelhantes e manter os membros informados de oportunidades, eventos e outros assuntos do interesse comum.
Como explica Salem, o conhecimento está muito diluído no instituto, e pessoas que tenham interesses superficialmente em comum normalmente não têm oportunidade de se juntarem. “O talento é esparso e diluído. Por exemplo, um cientista da computação simplesmente não tem como discutir sobre um algorítimo sofisticado com um programador qualquer, sem treinamento acadêmico apropriado, embora talvez ambos estejam trabalhando em coisas superficialmente parecidas (digamos, em software para celulares). É muito frustrante. Desse modo, sinto que há uma lacuna no ambiente empreendedor que pode ser suprida pelo IMEmpreende”, detalha o diretor.
Como isso se reflete, porém, na sociedade fora da USP? O diretor executivo diz que o benefício se dará a longo prazo, como produto das relações promovidas pelo IMEmpreende. “Fortalecer empresas com raízes no IME, que é um notório centro de excelência técnica, e por conseguinte incentivar a criação de produtos de excelente qualidade para a sociedade em geral. Afinal, o propósito último de um empreendedor é trazer novas coisas ao mundo”, diz Salem. É fato que o potencial econômico e tecnológico é mal explorado atualmente, e o projeto liderado por Paulo Salem pode expandir horizontes dentro do instituto.