A tese do pesquisador Tárcio Braga no Instituto de Ciências Biomédicas consistia em estudar os mecanismos envolvidos na interação entre a resposta imune e o desenvolvimento da fibrose renal, que caracteriza a doença renal crônica. Além do objetivo principal que era, mais especificamente, entender a participação de receptores da imunidade nata (formas de defesa do organismo que nasce com o indivíduo), subpopulações de macrófagos (células que participam na defesa do organismo contra infecções) e a ativação da via do inflamassoma para o desenvolvimento da fibrose renal, a pesquisa originou outros resultados interessantes.
Tárcio se interessou pelo tema por ser uma maneira bem rápida de estudar o processo de fibrose. Além disso, ao pesquisar sobre os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da fibrose renal, é possível tentar estudar ou propor terapias ou drogas que impeçam a perda do órgão, principalmente em pacientes com problemas renais ou que fizeram transplante de rim.
O processo do trabalho é muito longo. O pesquisador demorou os cinco anos do seu doutorado nele, e analisou diversos resultados. “A maior dificuldade foi juntar todos os resultados em um trabalho conciso e organizado.” A pesquisa utilizou camundongos em laboratório.
A aplicação prática da pesquisa está em entender o processo de perda do órgão e em testar maneiras de impedir isso de acontecer. Também é possível utilizar os resultados obtidos para analisar diferentes órgãos do sistema, ajudando a entender o processo de cicatrização como um todo.