São Paulo (AUN - USP) - Especialistas reconhecidos internacionalmente se reuniram em evento sediado pela Escola Politécnica da USP (EP-USP) para discutir a explosão enquanto acidente industrial. O objetivo do “Seminário Internacional de Prevenção e Proteção contra Explosão na Indústria”, coordenado pelos professores Anthony Brown e Guenther Carlos Krieger Filho, foi apresentar as mais modernas técnicas de prevenção e proteção disponíveis contra este tipo de fatalidade.
Considerada o mais grave de todos os acidentes industriais por seu alto grau de destruição, a explosão pode ter seu potencial de ocorrência minimizado por ação dos engenheiros e técnicos, apesar de ainda ser considerada imprevisível.
Como acontece?
Tudo começa com o acúmulo de certos gases, vapores ou poeiras que, confinados, tornam-se altamente explosivos. Uma só faísca pode levar tudo pelos ares. O maquinário industrial, que executa em geral movimentos pesados e repetitivos, pode tornar-se uma fonte de ignição e iniciar uma combustão. Além de todos os danos causados pelo fogo, geralmente há um aumento na pressão da estrutura dos equipamentos, que pode se romper, agravando os estragos.
É função dos engenheiros responsáveis (químicos, de segurança e de produção) tomar providencias para prevenir a formação de misturas explosivas na indústria. Da mesma maneira, cabe aos profissionais envolvidos identificar e avaliar o potencial de explosão e projetar uma planta devidamente protegida contra eventuais acidentes, assim como equipamentos com estruturas resistentes para suportar a pressão de uma explosão.
Pensando nisso, o seminário trouxe, por exemplo, o engenheiro suíço Mimmo Micali, que falou sobre novas tecnologias em Detecção de incêndios e o alemão Vincent Grosskopf, que é membro de comitês da Comunidade Européia para elaboração de normas de alívio e isolamento de explosões industriais. O evento contou também com a presença de outros especialistas, inclusive professores e profissionais brasileiros.