ISSN 2359-5191

01/06/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 42 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Novo modelo pode maximizar eficiência de bancos de dados
Tese desenvolvida na Escola Politécnica ajudaria pequenas e médias empresas
Créditos: learningvideo.com

Pequenas e médias empresas ganharam uma nova e eficiente alternativa para a manipulação de seus bancos de dados, por meio de um novo método de refatoração. Em sua tese "Um novo processo para refatoração de bancos de dados", a doutora em engenharia da computação pela Escola Politécnica da USP Márcia Pereira Domingues detalha sua proposta: criar um conjunto de refatorações que seja executado da forma mais eficiente possível e ainda traga ganhos de performance, acelerando as consultas ao sistema.

Por que as refatorações são importantes? Esse processo consiste em realizar pequenas alterações no modelo do banco de dados para que este seja compatível com novas realidades externas, como novas regras de negócio ou integração com sistemas diferentes. “Quando um software é projetado, os desenvolvedores trabalham para adequar o banco de dados e funcionalidades do sistema aos requisitos do usuário”, explica Dra. Márcia.”Com o tempo, esses requisitos podem sofrer mudanças. Assim, o banco de dados precisa evoluir junto com essas mudanças, sem que os dados existentes sejam perdidos.”

Geralmente, a alteração estrutural de bancos de dados é algo delicado, pois são necessárias várias refatorações diferentes e sucessivas, que devem seguir um plano de execução. Caso este não seja executado perfeitamente, há grande risco de erros na integridade do banco, seguidos de consequências graves como bloqueio, indisponibilidade e até mesmo perda dos dados.

A proposta da doutora foi modelada a partir de uma série de testes nas diversas partes do processo de refatoração, desenvolvendo uma maneira de fazer uma ordem automática de execução das refatorações evitando falhas de projeto que podem danificar o sistema e tornar a consulta ao sistema lenta. Porém, é necessário ter um sistema preparado, para que o processo otimizado seja possível. ”É claro que, nesse processo, os desenvolvedores das aplicações que vão fazer uso do banco de dados precisam estar preparados para alterar o código fonte dos sistemas para receber a nova estrutura dele.”, adiciona a pesquisadora,”Tomando cuidado para que o tempo de indisponibilidade seja o menor possível.”

Este novo modelo será muito útil para pequenas e médias empresas porque possibilita a manipulação de seus bancos de dados, mesmo que não haja uma estrutura desenvolvida de informática. “Seria uma grande ferramenta, principalmente para pequenas empresas que não possuem assistência de um grande Data Center ou mesmo de um DBA (administrador de banco de dados) dedicado na empresa.”, elucida Márcia. Porém, ainda é necessário uma injeção de investimento para que a proposta se torne uma novidade real na cena empresarial.

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