ISSN 2359-5191

06/01/2006 - Ano: 39 - Edição Nº: 23 - Sociedade - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
FEA revela segredos do café espresso perfeito

São Paulo (AUN - USP) - A Universidade Illy do Café (Unilly), rede formada por produtores, técnicos, institutos de pesquisa e outras instituições ligadas ao produto, esteve recentemente na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) para falar não só com os interessados na produção do café, mas também com os consumidores finais, para quem a única preocupação está na xícara. Com o tema “Os Segredos de um Bom Café”, os palestrantes revelaram desde os primórdios da história da planta até as particularidades da obtenção de um espresso perfeito.

Samuel Ribeiro Giordano Jr., vice-coordenador da Unilly, retomou toda a trajetória do café a partir da Etiópia, onde a bebida era consumida desde 1000 a. C., até sua chegada ao Brasil. A vinda da planta para o País possui algumas versões, mas nenhuma confirmada. Uma das lendas conta que Francisco de Mello Palheta, capitão tenente da Guarda Costeira, teria ganhado algumas mudas da esposa do governador D’Ollivier da Guiana, mas cogita-se a possibilidade de eles terem sido contrabandeadas. “O que importa mesmo é que o café havia chegado ao Brasil”, resume Giordano Jr.

O vice-coordenador da Unilly abordou, ainda, a relação do cultivo do café com a colonização de São Paulo e a acumulação de capitais que propiciou a sua industrialização, “É importante lembrar do café como vetor de colonização através das estradas de ferro”. O café possui duas espécies economicamente importantes: Coffea arábica L., conhecida como típica, e Coffea canephora P., chamada de robusta. Giordano Jr. Mostrou ainda as variações do consumo ao longo dos anos. Na Finlândia, são consumidos 18,2 kg de café por habitante por ano, esse dado a leva ao topo da lista dos maiores consumidores mundiais do produto. No Brasil, “o consumo de café não cresceu apenas porque a população aumentou, mas o consumo per capita praticamente dobrou nos últimos anos.”

“A arte do café Espresso” foi revelada pelo engenheiro agrônomo Aldir Teixeira, diretor da Assicafé e consultor científico da Illycafè. Teixeira tratou desde a florada, passando pela colheita e a degustação, até o consumidor final. “Os 4 M para um espresso perfeito são mistura, moagem, máquina e mão”, afirma o engenheiro, que destaca a importância do treinamento da mão-de-obra, inclusive de baristas que saibam preparar a bebida. Para isso a Unilly oferece cursos destinados a gerentes de bar, restaurantes, chefs e, inclusive, consumidores.

Lisa Di Blas, da Università Del Café de Trieste, explicitou as características de dois cursos oferecidos pela intituição, que são “ A arte do cappuccino” e “Arte e técnica dos coquetéis à base de café”, sempre tendo o espresso como ingrediente base. A Illy Café possui uma forte relação de comércio com o Brasil no que se refere ao café verde e, agora, busca sua ampliação também para o torrado. Mais informações no site http://www.unicaff.itou pelo telefone 040 3890178, de Trieste.

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