ISSN 2359-5191

18/04/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 06 - Sociedade - Instituto de Psicologia
Psicologia oferece palestras sobre o diálogo, seus inibidores e estimuladores

São Paulo (AUN - USP) - Algumas pessoas conseguem conquistar multidões com apenas algumas palavras. Exemplos na História não faltam. Em compensação, para alguns, até um simples pedido em um restaurante é uma árdua tarefa. A comunicação é um processo muito mais complexo do que se pode imaginar a priori, e um diálogo possui diversos elementos e fatores que contribuem para seu sucesso ou fracasso. Estas são as questões das palestras “Diálogo: habilidades, motivações e inibidores”, apresentadas pelo professor do Instituto de Psicologia da USP Ailton Amélio da Silva.

A primeira palestra ocorreu no dia 16 de março e abordou a importância da conversa introdutória, do uso e colocação das palavras, e dos temas escolhidos para que um diálogo flua e tenha sucesso. Já em relação à comunicação não-verbal, discutiu-se como a escolha do ambiente pode influenciar uma conversa; como o cumprimento, as expressões faciais, o olhar, o contato físico, a aparência e a postura corporal podem ser estimulantes ou inibidores. E por fim, quais os recursos que o ouvinte e o falante podem utilizar para estimular a conversação e também as atitudes que podem matá-la.

A segunda palestra foi realizada dia 13 de abril e abordou as causas do diálogo: motivações e inibições. Uma conversa depende das relações que os interlocutores possuem com o tema em questão. Como se envolvem afetivamente, e se é de forma positiva ou negativa. Há também o jogo de interesses dentro do diálogo: este pode acontecer para se obter um benefício ou evitar um malefício. Também serão debatidas questões como as motivações extrínsecas e intrínsecas para que o diálogo ocorra.

O homem também carrega restrições para expressar aquilo que pensa e sente. Restrições em relação a uma pessoa: a dificuldade de debater certos assuntos com pessoas específicas. Restrições em relação a circunstâncias, como falar em público. E também restrições ao próprio tema. Além disso a configuração emocional do interlocutor pode ser um inibidor, como a timidez e baixa auto-estima. O seu estado emocional pode impedir o desenvolvimento de idéias e sentimentos que enriqueceriam a conversa.

A palestra é baseada em inúmeras pesquisas que o professor Ailton vem consultando e desenvolvendo há alguns anos. Paralelamente, ele está escrevendo dois livros sobre o tema e propôs um curso de pós-graduação de análise funcional do diálogo, que trataria de forma mais aprofundada os temas e tópicos das palestras. O professor já trabalhou com este tema anteriormente em 2003, porém relacionando as habilidades e dificuldades da comunicação a relacionamentos amorosos.

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