São Paulo (AUN - USP) - O uso de lasers odontológicos em tratamentos dentários tem aumentado continuamente. Com a finalidade de beneficiar o atendimento aos pacientes e diminuir a dor em seus tratamentos, o Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo realiza trabalhos de pesquisa com lasers e os aplica gratuitamente em pacientes com os mais diversos problemas.
O Lelo é um laboratório pioneiro em suas atividades. Criado em 1995 como um laboratório experimental, hoje ele funciona também como centro de ensino, pesquisa e clínica de laser em odontologia. O laboratório é dirigido pelo dentista Carlos de Paula Eduardo e conta com a ajuda financeira da Fapesp e de uma série de outras empresas que auxiliam com doações de equipamentos e fornecem verba para as pesquisas. Ele também realiza um intercâmbio com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e tem um programa de mestrado profissionalizante de lasers em odontologia recomendado pelo Ministério da Educação MEC, por meio da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes, com conceito 5.
A clínica do laboratório, inaugurada em 2002, atende geralmente pacientes encaminhados pela clínica da Faculdade de Odontologia da USP e do campus universitário. No entanto, a clínica é aberta ao público e conta com cerca de 60 estagiários. As consultas são gratuitas e, por enquanto, tem seus tratamentos divulgados pelos próprios pacientes que, segundo a dentista Ana Cecília Correa Aranha, coordenadora do laboratório, “comprovam a eficiência de nosso trabalho e divulgam para seus amigos no boca a boca”.
Os tratamentos são feitos com lasers de alta intensidade, que realizam cortes, produzem calor, fazem remoções, restaurações, cirurgias e clareamentos. O Lelo também faz uso de lasers de baixa intensidade, que são utilizados como anti-inflamatórios, analgésicos e biomoduladores. Ambos os tipos de laser fornecem maior conforto ao paciente e oferecem uma série de vantagens nos processos pós-operatórios, uma vez que permitem cirurgias com menos sangue e maior limpeza. Existe uma preocupação do laboratório em evitar o contato direto do paciente e do dentista com os lasers. Logo, há uma série de normas de segurança para o decorrer das consultas, como a obrigatoriedade do uso de óculos anti-radioativos. Os lasers funcionam como complementos nos tratamentos dentários, podendo beneficiar pacientes que, por exemplo, são vítimas de câncer bucal e não podem ser submetidos ao uso de outros tipos de instrumentos dentários em seu tratamento. De acordo com Ana Cecília, os lasers realizam as mesmas funções que outros instrumentos dentários e têm a vantagem de diminuir a dor do paciente.
O uso da pesquisa e o atendimento ao paciente com lasers é o grande diferencial do Lelo. “As pesquisas avançadas tecnologicamente e de resultado positivo auxiliam instantaneamente os pacientes”, afirma Ana Cecília. Os benefícios da pesquisa do laboratório são diretamente revertidos nos pacientes, que podem fazer uso de uma tecnologia diferenciada de lasers.