São Paulo (AUN - USP) - O grupo de vivência “Danças Circulares e Contos”, coordenado pela psicóloga Tânia Pessoa de Lima do Laboratório de Estudos da Personalidade (LEP), teve início recentemente no Instituto de Psicologia da USP (IP - USP). Neste grupo, são vivenciadas danças de roda e contos de tradição oral.
Através dos contos e das danças circulares, Tânia pretende desenvolver habilidades para um melhor relacionamento dos participantes com eles próprios e com aqueles que os cercam. Serão vivenciadas práticas antigas pertencentes a diferentes culturas para criar uma ambiência onde potenciais humanos positivos possam emergir.
A psicóloga e coordenadora, Tânia, já vivencia encontros como este há algum tempo: “Fiquei alguns anos dançando, em grupo de dança circular, para meu próprio desenvolvimento. Depois fui fazer o curso de formação de focalizador de danças circulares, dado pela Renata Ramos”. Agora, participa de um grupo de focalizadores que está construindo um projeto para levar este trabalho de danças circulares a escolas de ensino fundamental, além de continuar dançando nos parques de São Paulo.
Com previsão de duração até 26 de junho, os encontros ocorrem às terças-feiras das 17 às 18h30.Os encontros começam com uma pequena apresentação de seus participantes. Estes dizem seu primeiro nome e o porquê de estarem ali, preferencialmente expressando sua intenção com apenas uma palavra. Todos respiram, fazem um rápido aquecimento corporal acompanhado de música e, em seguida, Tânia revela qual a dança que farão e seus passos. Em determinado momento, os participantes formam pequenos grupos onde lêem um conto e realizam pequenas tarefas para perceberem melhor os elementos deste.
Por fim, todos os contos são lidos na primeira pessoa e para todos os participantes novamente reunidos em um grupo só.
Neste grupo de vivência, serão utilizadas danças de povos de todo o mundo: Israel, Grécia, Hungria, Bulgária, México, Brasil, Japão etc. E contos como “Uma fábula sobre a fábula”, recontada pela professora Regina Machado, da ECA, no livro “Violino Cigano”; “O Menino do palácio do dragão”, do livro “Histórias da Tradição Sufi” e “O Patinho Feio”, de Clarissa Estes no livro “Mulheres que correm com os lobos”.
Dança Circular Sagrada
A Dança Circular Sagrada é um movimento que teve início em 1976 quando o bailarino e coreógrafo alemão Bernhard Wosien selecionou 12 danças folclóricas e as levou para a comunidade de Findhorn, norte da Escócia. Desde então, o movimento se espalhou pelo mundo todo.
Além de resgatarem danças folclóricas, as danças circulares são um veículo para a ampliação de consciência grupal e individual. Em um nível, ela promove a alegria de estar junto a outras pessoas dançando. Em outro nível, auxilia o desenvolvimento psicológico através da aceitação do diferente, da aprendizagem da colaboração, da consciência corporal. E em um terceiro nível, há a vivência do sagrado, “atingido pela repetição, pelo vínculo com os demais e pela consideração da configuração dessas danças”, diz a coordenadora Tânia Pessoa de Lima. O site www.triom.com.br traz maiores informações sobre este movimento. E para quem deseja vivenciar as danças circulares, a oportunidade é comparecer em um dos parques onde ocorrem os encontros todos os meses: no primeiro domingo do mês no parque do Ibirapuera, às 10h próximo ao viveiro Lopes. No segundo domingo os encontros ocorrem no parque da Luz, às 10h, atrás dos coretos. Terceiro domingo do mês, na fonte (depois de atravessada a ponte) do parque Trianon, às 10h. Quarto domingo, também às 10h, no Parque Vila-Lobos, à esquerda da entrada principal. E por fim, no último domingo do mês, parque da Água Branca, às 11h, no Bambuzal.