ISSN 2359-5191

23/05/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 22 - Educação - Escola Politécnica
USP debate seu ensino de Engenharia

São Paulo (AUN - USP) - Generalista ou especialista? Esta era a pergunta que um evento realizado recentemente na Escola Politécnica (Poli) pretendia responder quanto ao ensino de Engenharia da USP. Muitas foram as discussões e chegar a uma conclusão definitiva é bastante difícil, uma vez que a Universidade agrega áreas muito distintas da profissão.

O encontro contou com a participação de representantes de diversas unidades da USP espalhadas por São Paulo que possuem cursos de Engenharia. Estiveram presentes professores da Poli, da FZEA (Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, de Pirassununga), da ESALQ (Escola de Engenharia Luiz de Queiroz, de Piracicaba) e da EEL (Escola de Engenharia de Lorena), recém-integrada à USP.

Eles falaram, dentre outros assuntos, da estrutura de seus cursos, de dificuldades, desafios e do perfil de seus alunos. A troca de experiências que um evento como este proporciona permite que sejam traçados planos de ação a serem seguidos diante das novas exigências que se apresentam para o profissional, sejam elas sociais ou tecnológicas.

Para o engenheiro Oscar Brito Augusto, presidente da Comissão de Graduação e professor da Poli, o ensino de Engenharia da USP é predominantemente especialista. Apesar disso, determinadas disciplinas oferecidas são consideradas universais, ou seja, independem da habilitação pela qual o estudante opta.

Brito considera a classificação generalista ou especialista algo bastante complexo. E esta complexidade se refere ao contexto em que esta questão se insere. Para ele, quando se analisa o processo educacional, é praticamente um consenso que ao aluno é conveniente uma formação mais generalista.

Contudo, sob a perspectiva profissional, as empresas muitas vezes procuram uma certa especialização. “Os próprios órgãos reguladores da profissão ainda são segmentados em câmaras específicas, focadas nas atribuições profissionais, embora admitam que haja um excesso de habilitações em Engenharia pelo país”, destaca o professor.

De acordo com o engenheiro, um encontro como este é de extrema importância para as unidades envolvidas. É a superação de uma carência da USP que pode até ser considerada paradoxal. A Poli possui parceria com diversas instituições de ensino do mundo, para elas enviando alunos e delas também recebendo estudantes. Curiosamente, o contato com as outras escolas de Engenharia da própria Universidade é incipiente. “Por que não pensar em alunos recebendo formação, dentro da própria USP, em unidades diferentes das que ingressaram? Que outra instituição de ensino possui esta riqueza universitária?”, diz. Mas para que estas potencialidades sejam exploradas, ele acredita que é necessário estabelecer uma abordagem mais generalista dos cursos.

Também compareceram ao evento membros de importantes órgãos da profissão, como os presidentes do Instituto de Engenharia e do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). Eles participaram de um debate sobre o perfil do engenheiro visto pela sociedade.

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