São Paulo (AUN - USP) - Quatro professores da Escola Politécnica da USP e um secretário estadual devem concluir até o início de junho um diagnóstico do consumo de água e energia elétrica na Assembléia Legislativa de São Paulo. A partir desse rastreamento, eles têm mais um mês para delinear um programa de racionamento dos gastos no Palácio 9 de Julho.
A assembléia paulista gasta cerca de 50 mil reais por mês em energia elétrica, como informou o secretário geral de administração do órgão, Renato Borges Casaro. “Nosso sistema de iluminação é composto em grande parte por lâmpadas e luminárias antigas, o que aumenta o consumo”, afirmou.
O grupo de trabalho encarregado de diminuir os gastos na Assembléia vai atacar primeiro as despesas com energia elétrica, devido à crise que preocupa o país. Algumas medidas já entraram em vigor no prédio do Legislativo paulista: quase metade dos elevadores foi desativada e reduziu-se o consumo dos aparelhos de ar condicionado.
O acordo que permitiu a aliança entre a Universidade e a Casa legislativa foi um protocolo de intenções assinado no último dia 3 pelo presidente da Assembléia, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), e o reitor da USP, Jacques Marcovitch.
Irão formar o grupo de trabalho os professores da USP Antonio Marcos Massola, Marcos Seidel, Guilherme Ary Plonski e Maria Regina Carvalho, além do secretário da Assembléia, Renato Casaro.
“Nosso objetivo é levar à Assembléia os projetos que a USP desenvolve nessa área”, afirmou Massola, diretor da Poli. A USP já possui dois programas de racionalização do uso de água e luz – o Puree (Programa de Uso Racional de Energia Elétrica) e o Pura (Programa de Uso Racional de Água). Eles foram implantados há quatro anos e já têm um histórico de redução nos gastos.
Enquanto a economia da universidade crescia, em média, 8% ao ano entre 1996 e 2000, o consumo de energia aumentou cerca de 2% ao ano. Também o volume de água consumido pela Cidade Universitária diminuiu 38% entre 1997 e 2000.
A iniciativa de reduzir o desperdício começou na Poli em 1996 e foi se estendendo por toda a universidade. Agora, com a crise energética, o esforço de economia deve aumentar. Uma portaria emitida pelo reitor no último dia 15 prevê que todos os órgãos e unidades da USP reduzam em 20% as despesas com energia em relação à media mensal do ano passado. A USP consome cerca de R$ 42 milhões por ano em energia, água e telecomunicações.