ISSN 2359-5191

13/09/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 42 - Sociedade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Professor de Londres propõe mudanças nas metrópoles

São Paulo (AUN - USP) - Em 2007, a população mundial que vive em cidades passou a ser igual à da zona rural. A consagração do modelo urbano, reunido em grandes metrópoles, exige um planejamento das cidades e um estudo das relações do espaço físico com o social. Estudos desse tipo levaram o arquiteto inglês Ricky Burdett, professor da London School of Economics (LSE) a realizar uma palestra na pós-graduação da Faculdade de Arquitetura da USP, recentemente.

Como parte do projeto Urban Age, que elabora propostas para o futuro das grandes cidades, Burdett veio para São Paulo também se preparando para a conferência que ocorre em 2008, com especialistas de metrópoles. O arquiteto fez um passeio de helicóptero, mas quis conhecer a cidade não apenas a partir da vista aérea, mas também passando pelas ruas, fotografando. Como resultado, atrasou-se para a palestra, desculpando-se com “Vocês devem imaginar o motivo”.

O trânsito foi um assunto de destaque na palestra de Ricky Burdett. Ele comparou São Paulo a cidades como Shangai, Londres, Bogotá, Cidade do México, entre outras. O professor destacou a necessidade do transporte público nas regiões centrais de uma metrópole, criando uma área em que as pessoas não precisem de carros, e recebam incentivos para utilizarem o metrô e ônibus. Além disso, ele expôs a situação de Johanesburgo, onde muitas pessoas são desempregadas por não terem como chegar aos lugares com mais vagas de trabalho.

No caso de Londres, outro exemplo positivo citado por Burdett, foi a circulação apenas de pedestres na Trafalgar Square, área histórica da cidade. A medida fez com que o lugar permitisse uma conexão das pessoas com o espaço, tornando-o agradável para os pedestres. Fotos de antes e depois ilustraram bem a tese defendida pelo arquiteto britânico. A ampliação de áreas verdes também foi destacada por Burdett como um avanço de Londres, cidade em que as pessoas normalmente cuidam dos jardins em bairros residenciais e preservam as árvores.

Ricky Burdett apresentou possibilidades de aumentar a área verde de diversas cidades. Cairo, citada por Burdett como um local em que a vegetação é quase ausente, teria a possibilidade de criar um grande parque na região central. Além disso, uma solução para a capital egípcia e outras metrópoles apresentada pelo arquiteto é o aproveitamento dos espaços entre os prédios para se cultivarem árvores.

Para o britânico, São Paulo deveria se espelhar em Bogotá em vários aspectos. Segundo Burdett, a cidade melhorou muito a qualidade de vida de seus moradores principalmente com duas medidas: a criação de longas vias que seguem até fora da cidade, e o uso de espaços públicos e instituições para melhorar o planejamento urbano e a vegetação. Um planejamento integrado das casas, escritórios e indústrias tornaria possível uma nova relação, como diz Burdett “do físico e do social”.

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