ISSN 2359-5191

17/09/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 43 - Meio Ambiente - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Bioarquitetura e sustentabilidade em destaque na USP

São Paulo (AUN - USP) - Uma iniciativa de duas alunas de arquitetura da USP levou a universidade a refletir sobre a questão ambiental durante uma semana. Por meio de uma série de palestras e debates na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU, especialistas da área levantaram possibilidades para a Bioarquitetura. O arquiteto Francisco Lima falou, no último dia do evento, sobre permecultura, a criação de sistemas ecologicamente viáveis, agregando forma, estrutura e função a conceitos politicamente corretos como a economia solidária e a cultura de paz.

Segundo Francisco, é fundamental buscar a inteligência natural, ou seja, aproveitar os desenhos da natureza para desenvolver projetos, vendo como os animais moram, além de habitações populares e antigas. Entre as fotos que Francisco apresentou para ilustrar essa filosofia estão construções baseadas em corais e prédios no Iêmen feitos de terra crua, sem cimento, e que mesmo assim já duram mais de mil anos. São provas de que uma mudança é possível.

O evento foi gratuito e cada inscrito recebeu uma caneca ao preencher sua ficha. Além das palestras, a Semana Ambiental serviu como lançamento oficial do programa FAU Recicla, paralelo da faculdade ao USP Recicla, do qual uma das organizadoras foi estagiária. Na abertura, além de maiores explicações sobre reciclagem, houve um debate com Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia do Greenpeace Brasil, e outros professores.

Nos dias seguintes, alguns assuntos foram tocados por diversos palestrantes. Os automóveis foram apontados como maiores vilões na poluição do ar, já que muitas fábricas adotam filtros e outras medidas ecologicamente responsáveis. Na terça-feira, quando a Mobilidade foi o tema central, o filme A Sociedade do Automóvel ilustrou, além dos danos causados pelos carros, soluções já adotadas por muitos paulistanos, que preferem o metrô, a bicicleta e caminhadas que os tornam ainda mais ligados à cidade de São Paulo.

A cidade foi também discutida sob o prisma do lixo e do consumo. O filme Carroceiros, que mostra a realidade dos sem-teto de São Paulo que vivem da reciclagem de papelão, latas, ferro e outros achados, serviu como ponto de partida para o debate sobre medidas públicas com relação à reciclagem e ações individuais. O professor Pedro Jacobi em sua palestra apresentou desafios às empresas, como a redução do consumo de energia e a mudança de estratégia com relação à durabilidade dos produtos, acabando com o prazo de validade de eletrodomésticos e eletrônicos. Além disso, ele defendeu a idéia de uma lei de responsabilidade pós-consumo, principalmente no caso de baterias e outros produtos que não devem ser jogados no lixo comum, e citou ações cotidianas suas e de sua família como exemplos de que todos podem tomar responsabilidade pelo lixo.

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