ISSN 2359-5191

05/10/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 54 - Educação - Instituto de Matemática e Estatística
Resultados do ensino a distância surpreendem especialistas

São Paulo (AUN - USP) - Recente pesquisa com base no Enade revela que o ensino à distância (EAD) é mais eficiente do que se pensava. Dos 13 cursos analisados na prova de 2006, 7 apresentaram melhores resultados em modalidades à distância, especialmente em cursos de ciências exatas.

Esse resultado, segundo o professor Leônidas Brandão, do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), não representa necessariamente que os cursos de EAD no Brasil sejam melhores que os presenciais. “Esses números são relativos e podem existir várias causas para isso, como, por exemplo, a formação anterior dos alunos que prestaram o exame”, diz. “Mas os números sem dúvida surpreendem”.

Brandão explica que, além de regras específicas para regulamentar essa modalidade de ensino sem perder a qualidade, cada instituição pode adotar medidas para assegurar a eficácia do ensino. “Os cursos à distância, em geral, funcionam com um sistema gerenciador que diz quando o aluno entrou no programa. Assim, pode-se estimular um número de acessos mínimos para cada um”.

Todavia, acessar o conteúdo não significa que ele foi compreendido ou mesmo que o usuário em questão é mesmo o estudante que deve ser avaliado. “O professor disponibiliza o material e direciona a leitura sem a necessidade da sua presença física, o que garante a chegada do conteúdo aos alunos mais distantes”, diz. “Porém, isso gera o problema da autenticidade. Ainda precisamos garantir a identidade do usuário por meio de avaliações presenciais”.

Nesse sentido, as novas tecnologias, algumas em desenvolvimento no próprio IME-USP, visam melhorar o EAD e a questão da autenticação do estudante. “A interatividade, por exemplo, precisa ser trabalhada para que possamos aplicar provas com questões abertas e não apenas múltipla escolha”, afirma. “Quanto à autenticação, não conheço nada pronto ainda, mas apostaria em algo barato como uma câmara que efetuasse a leitura de retina ou uma leitura facial, algo dinâmico. Tudo isso depende da tecnologia”, conclui.

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