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19/10/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 63 - Educação - Instituto de Matemática e Estatística
Matemático é valorizado no mercado de trabalho

São Paulo (AUN - USP) - Foi-se o tempo em que os formandos em matemática deveriam seguir carreira como professores ou pesquisadores para ter o seu espaço no mercado de trabalho. Hoje, um profissional da área é valorizado como uma espécie de “guru” das ciências exatas nas empresas e seu papel é considerado fundamental para a harmonia dos processos e da contabilidade.

De acordo a diretora-geral do portal Universia Brasil, Alina Correa, o problema é que poucos estudantes sabem disso. “As pessoas não têm noção que esta é uma área muito rica para o mercado de trabalho. As profissões lógicas como a matemática estão em um ciclo de valorização muito forte, que estar vigente nos próximos dez ou 15 anos”, explica.

A principal qualidade de um profissional com a formação matemática é a lateralidade do curso, ou seja, o número de atividades que ele está apto a desenvolver. “As áreas ligadas aos processos de compra e venda de opções, por exemplo. Um ótimo analista do mercado mobiliário deve ter uma boa formação matemática”, afirma Alina. “Tudo o que for ligado à área de exatas, como o setor financeiro ou tesouraria, pode passar pelas suas mãos. Existe um espaço muito amplo além da pesquisa”, acrescenta.

No entanto, os profissionais dessa área sofrem de uma desvantagem: em geral, eles são piores na administração de relacionamentos, o que não é muito desenvolvido nos cursos. Para corrigir isso, o universitário é obrigado a buscar cursos extra-curriculares como teatro e leitura dramática. Alina dá a dica: “é neste ponto que a maioria dos candidatos a uma vaga ainda pecam”.

Foi o que fez Thiago, estudante do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). Ele acredita que cursos extra-curriculares podem contribuir para a sua ascensão profissional e, por isso, entrou em um curso de teatro há cerca de um ano. “Às vezes eu sabia de uma coisa mas não me expressava direito. Isso não acontece mais. Ficou mais fácil expor meus conhecimentos e, assim, me valorizar”, comenta. Os matemáticos ou futuros matemáticos que não quiserem perder a onda de valorização devem fazer o mesmo e procurar alternativas ao currículo tradicional.

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