São Paulo (AUN - USP) - Entre os dias 1 e 18 de setembro, serão realizadas as inscrições para a terceira edição do projeto Envelhecer Sorrindo. O evento, que ocorrerá no dia 28 do mesmo mês, na Faculdade de Odontologia da USP, é gratuito e voltado para a terceira idade em geral. Consiste num projeto da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, em parceria com a Faculdade, que visa informar ao idoso a respeito dos processos que envolvem o envelhecimento, bem como normas de prevenção a doenças e acidentes, comuns em pessoas nessa faixa etária. Ou seja, fazer com que idoso não apenas viva mais, mas viva melhor.
A primeira edição do Envelhecer Sorrindo ocorreu em 1999, por iniciativa da professora Maria Luiza Arantes Frigério, do Departamento de Prótese, coordenadora do projeto. Ela possui arquivos com fotos e cartazes das edições anteriores. Maria Luiza leciona a disciplina Prótese Total, que lida com pacientes completamente desdentados e a quase totalidade deles são idosos. A professora sempre considerou extremamente importante o auxílio desses pacientes para o aprendizado de seus alunos. "Aquele era o Ano Internacional do Idoso e a questão estava em destaque na imprensa", conta Maria Luiza. Apesar da grande abordagem realizada pela imprensa em relação ao fato, a professora não via nenhuma ação concreta, seja da iniciativa pública ou privada, no sentido de melhorar as condições dos idosos no país. Naquele ano, para lembrar o mundo sobre as comemorações, a ONU organizou um abraço simbólico ao mundo. "Imaginei que nossos idosos fossem ver o evento e se perguntar: ‘e nós?’", diz ela. O projeto Envelhecer Sorrindo foi uma forma encontrada por Maria Luiza, para retribuir o auxílio prestado pelos pacientes da terceira idade à suas aulas.
Em 99, participaram do projeto cerca de 150 idosos. O sucesso foi grande e para este ano já são esperados aproximadamente 500 participantes. O evento naquele ano foi marcado por palestras e debates sobre saúde e qualidade de vida dos idosos, com certa ênfase para a saúde bucal. Houve ainda café da manhã, lanche, coquetel e a apresentação de uma orquestra de violões. Para este ano, além das atividades tradicionais, estão previstas avaliações médicas e odontológicas para os participantes. Eles serão divididos em turmas, e cada uma delas fará um tipo de avaliação. Estão previstos exames de detecção de diabetes e câncer de boca, entre outros. Os participantes receberão orientações médicas logo em seguida.
Maria Luiza vê mais um aspecto importante no projeto. Ele conta com a participação voluntária de estudantes da Faculdade de Odontologia. De acordo com a professora, isso contribui de maneira vital para a formação desses alunos, uma vez que eles aprendem a lidar com pacientes idosos e a encontrar uma melhor forma para atendê-los.
Além do apoio da universidade, o projeto conta com a ajuda da iniciativa privada sobretudo para a realização dos lanches e do coquetel. Maria Luiza espera que novos patrocinadores ainda se interessem pelo evento este ano. Sua meta é que, nos próximos anos, o evento se estenda e possa atender a mais pessoas.