São Paulo (AUN - USP) - Com lançamento previsto para maio de 2008, a Cidade do Conhecimento 2.0 é uma plataforma virtual que visa não só à difusão e à democratização de conhecimento, mas também ao oferecimento de oportunidades para que seus “moradores” desenvolvam atividades baseadas no domínio da linguagem audiovisual. Esse projeto é uma parceria do grupo de pesquisa da USP com laboratórios e grupos de universidades públicas (UnB, UFMG, UFBA) e particulares (Casper Líbero, ESPM) e pretende promover atividades econômicas por meio da internet.
A Cidade do Conhecimento é fruto da Cidade do Conhecimento 1.0, que foi um projeto totalmente inovador surgido há sete anos no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP com o objetivo de criar e desenvolver projetos de construção colaborativa de conhecimento, cultura e produção amparados por redes digitais.
Desde o anúncio da Cidade do Conhecimento em agosto de 2007, vários parceiros tanto do setor público quanto do privado se juntaram ao projeto a fim de delinear a formação do consórcio. Gilson Schwartz, diretor da Cidade do Conhecimento e professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP), ressalta que o processo de integração com novos parceiros continuará aberto. Graças a essas parcerias, será possível oferecer 500 vagas para a capacitação de jovens empreendedores no segundo trimestre de 2008. Os beneficiados pelas bolsas não precisam ser necessariamente universitários, qualquer pessoa que tenha um projeto empreendedor pode candidatar –se a uma das vagas .
Schwartz, explica que os cursos serão oferecidos em três módulos: introdutório (Imersão, Mobilidade, Cultura de Uso), intermediário (Criação e Gestão de Projetos Audiovisuais Digitais )e avançado (Incubadora de Negócios Audiovisuais no Second Life).
Os projetos da Cidade do Conhecimento deverão explorar criativamente o audiovisual digital, desde da web 2.0 à IPTV, passando por telefonia celular e chegando ao Second Life, mídias em três dimensões onde os indivíduos atuam por meio de avatares (personagens que representam a pessoa na vida virtual). Dois projetos já estão em andamento: “Navegar Amazônia” e “Incubadora Digital Brasil – Japão”.
O Navegar Amazônia é uma parceria da Cidade do Conhecimento com o cineasta Jorge Bodanzky cujo principal lema é a Cultura Itinerante. Nesse projeto, um barco com equipamentos de capatação digital cruza os rios da Amazônia com o objetivo de promover o acesso da população ribeirinha ao mundo digital.
O foco principal da Incubadora Digital Brasil – Japão é facilitar a comunicação entre brasileiros e japoneses com a finalidade de estimular o desenvolvimento de projetos que exploram a presença do audiovisual digital em vários mercados. Os projetos apresentados a Incubadora não precisam ser necessariamente lucrativos, entretanto quando surgirem negócios viáveis parte dos recursos será reinvestido na Cidade do Conhecimento a fim de que ela seja auto-sustentável. Além de organizar tanto a oferta quanto a demanda de projetos, a Incubadora Brasil – Japão visa à capacitação de pessoas para entrarem no mercado audiovisual, em especial a TV Digital.
Schwartz atualiza diariamente o Portal da Cidade do Conhecimento 2.0 no STOA USP com informações sobre a evolução do projeto, conteúdos, aulas, referências e atividades didáticas. As inscrições para participar da Cidade do Conhecimento 2.0 serão abertas na segunda quinzena de abril na página www.cidade.usp.br.