ISSN 2359-5191

05/05/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 29 - Saúde - Hospital das Clínicas
Instituto de Psiquiatria procura portadores de transtorno obsessivo-compulsivo
Programa aceita pessoas com TOC para pesquisa e tratamento

São Paulo (AUN - USP) - O Projeto do Espectro do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (Protoc) está aceitando homens e mulheres, maiores de 18 anos e que apresentem transtorno obsessivo-compulsivo para pesquisa e tratamento. O projeto do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo irá traçar os fatores que acompanham um resultado satisfatório ou não no tratamento dos pacientes.

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), dificilmente percebido pelos portadores, é caracterizado por pensamentos constantes, geralmente intrusos e que muitas vezes não fazem sentido. Na maioria dos casos leva a pessoa a apresentar comportamentos repetitivos para aliviar o desconforto provocado por eles. São pensamentos exagerados ou estranhos ao cotidiano que geram muita ansiedade. Um forte candidato a apresentar TOC pode, por exemplo, ter uma preocupação exagerada com contaminação e lava as mãos após cumprimentar qualquer pessoa, evita pegar transporte público por medo de contágio e sente medo de quem vem a sua casa por causa dos microorganismos que traz da rua.

Como há essa dificuldade no reconhecimento da doença, o Projeto aceitará qualquer pessoa que apresente tais sintomas, ainda que não tenha um quadro diagnosticado. “Se possuem medos, preocupações, imagens de atos violentos e acidentes que venham à cabeça e necessitam de atos para neutralizar o desconforto que eles provocam; qualquer um que acha que esses acontecimentos são freqüentes e gastam muito tempo do dia com eles, pode vir ao Projeto”, é o que diz a médica psiquiatra e supervisora do Protoc Rosely Gedanke Shavitt.

O primeiro grupo de portadores nos estudos do Projeto iniciou em 2006 e esse ano encerra sua pesquisa. A pesquisa tem duração de dois anos. “Nos primeiros seis meses eles receberão o tratamento de primeira linha, consagrado, e nos 18 meses seguintes vamos acompanhar a evolução do tratamento a longo prazo, pois a maioria dos estudos é de curto, com apenas três meses”, diz a psiquiatra. A médica ainda espera que ao final desse ano concluam as primeiras avaliações do grupo de 2006, e em 2010 fecharão outra coleta de dados do grupo de pacientes desse ano.

Serão feitas entrevistas direcionadas para reconhecer o transtorno nos candidatos, pois de acordo com a médica, a pessoa pode ter o sintoma e não o transtorno. Depois da triagem serão analisadas as características demográficas, clínicas, genéticas entre outras, importantes na recuperação da doença. As triagens podem ser agendadas pelo telefone 11-3069-6972, ou por e-mail protoc@protoc.com.br

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