ISSN 2359-5191

05/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 48 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Robô substituirá operações arriscadas de mergulhadores

São Paulo (AUN - USP) - A inspeção de barragens, normalmente feita por mergulhadores, é uma operação muito perigosa, devido à turbulência da água na região. Um veículo submersível controlado remotamente está sendo desenvolvido para realizar esta e outras tarefas, como a observação de estruturas de pontes para possíveis manutenções. Além de evitar o risco humano, o robô poderá permanecer mais tempo submerso.O equipamento, desenvolvido pela Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaú, conta com a colaboração de professores da Escola Politécnica da USP.

O aparelho é simples e de baixo custo, uma vez que não necessita de nenhuma peça de tecnologia avançada, conta o professor da Engenharia Naval, Hélio Morishita. É composto basicamente por dois feixes de laser, acoplados a uma câmera digital, hermeticamente fechados. Este conjunto permitirá calcular sua posição, o que é útil para os estudos oceanográficos, pois é necessário saber precisamente a localização de uma área analisada para a realização de futuros exames no mesmo local. Além disso, o raio laser cria marcas visuais no alvo analisado, a partir das quais é possível calcular distâncias e angulações. O sistema é ligado à superfície, onde atuará o operador, por meio de um fio - seu cordão umbilical-, que fará o envio de sinais e energia.

O veículo poderá ser utilizado em diversas áreas. Para biólogos, será útil para analisar a fauna e a flora aquática. Na área da Engenharia Oceânica, será mais uma forma de fazer o mapeamento do fundo do mar, apresentando dados essenciais para o país. Com a instalação de alguns sensores, pode fornecer características como a temperatura e salinidade da água.

Uma versão experimental do projeto foi desenvolvida entre 1995 e 1998. A versão que está em construção deve levar mais câmeras e terá mais propulsores, que proporcionarão um melhor controle do aparelho. Os pesquisadores ainda enfrentam, no entanto, alguns desafios. Trabalhar durante o dia, por exemplo, é difícil devido ao excesso de luminosidade, que dificulta a visualização do raio-laser. Durante a noite, no entanto, é necessária uma iluminação artificial, que pode alterar as partículas do ambiente.

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