ISSN 2359-5191

26/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 62 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Ciências Biomédicas
Diferenças entre pesquisas no Brasil e exterior são debatidas na USP

São Paulo (AUN - USP) - As diferenças, similaridades e peculiaridades das pesquisas feitas no Brasil e no exterior foram temas de debate no Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB). Tanto Tatiana Grohmann Ortolan, pós-doutouranda do Departamento de Microbiologia do ICB, quanto o professor Vagner Roberto Antunes expuseram, a partir de experiências vividas por eles, os fatores que distinguem as maneiras com que as pesquisas são feitas em países diferentes.

Tatiana Grohmann, que fez doutourado na Rutgers University/ University of Medicine and Dentistry Of New Jersey, salienta que as diferenças entre as pesquisas desenvolvidas nos EUA em relação às brasileiras vão muito além da lentidão burocrática. De acordo com ela, a infra-estrutura estadunidense é muito melhor, pois “há um número muito grande de pessoas, laboratórios e empresas que trabalham com ciência”.

Uma outra diferença importante diz respeito à questão financeira. De acordo com Tatiana Grohmann, “apesar de haver alguns financiamentos à pesquisa [nos EUA], o ensino é totalmente privado, o que não ocorre no Brasil, onde existem alternativas de pós-graduação oferecidas gratuitamente pelo governo”. Vagner Antunes, que trabalhou como pesquisador associado e fez pós-doutourado na University of Bristol (Inglaterra), afirma que “apesar do ensino ser privado, há o apoio à pesquisa pela União Européia e por instituições que oferecem bolsas aos alunos, como a The Royal Society e a Welcome Trust”.

Para Antunes, uma das esperanças para a pesquisa brasileira é o Programa de Aceleração de Crescimento do Governo Federal (PAC) que terá uma parte significativa destinada aos estudos científicos. O governo pretende investir R$ 41 bilhões em pesquisas até 2010, sinal de que a ciência e tecnologia assumem grande importância no crescimento do país. Vagner Antunes, seguindo a opinião da comunidade científica, salienta que esse projeto “é muito bom para a ciência, mas esperamos que não fique só no papel”.

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