São Paulo (AUN - USP) - A Sociedade de Odontologia a Laser (SOL) lançou uma lista com os possíveis usos do laser em tratamentos odontológicos. Estes vão desde a remoção de cáries até o clareamento dental. No primeiro, essa tecnologia traz inúmeros benefícios aos pacientes, pois além de não causar dor na maioria dos casos, o laser faz uma remoção seletiva do tecido cariado, porque o feixe de luz age exclusivamente na cárie, preservando as áreas adjacentes que estão sadias - o que a broca de alta rotação convencional não faz. O laser também diminui o risco de contaminação. Já no clareamento, o laser é usado para que seja possível um tratamento mais rápido e com menor aquecimento da estrutura dental.

O laser é uma luz amplificada que apresenta características específicas, atuando em diversas áreas de modo seletivo. Existem diferentes equipamentos que ao emitir determinado tipo de energia irão promover o efeito desejado sobre um tecido em particular. Por esta razão são necessários diferentes lasers visando o melhor desempenho nas diversas especialidades da Odontologia. Por exemplo, na prevenção da cárie dental é usado o laser de Nd: YAG que, associado a aplicação de flúor, diminui sensivelmente a suscetibilidade a cárie dental. Já em tratamento periodontal (de gengiva), além do laser Nd: YAG, é utilizado o Er:YAG, pois juntos os dois tipos de laser reduzem a ação bacteriana local.

Vários tipos de lasers podem ser empregados nos tratamentos, sendo os mais comuns os de argônio, de dióxido de carbono (CO2), de érbio-YAG (Er:YAG) e neodímio-YAG (Nd:YAG). O laser de argônio opera tendo como meio ativo uma ampola de gás argônio que emite luz nas faixas do ultravioleta, do azul e do verde, enquanto o de CO2 tem como meio ativo uma ampola de dióxido de carbono. Sua luz é emitida no infravermelho e ele é muito usado na prática de vaporização, situação em que um tecido biológico mole ou duro é convertido em vapor pela energia absorvida do feixe de luz.

Já os lasers Er:YAG e Nd:YAG são formados, respectivamente, a partir dos elementos químicos érbio e neodímio, e YAG é a designação de um cristal sintético constituído por óxido de ítrio e de alumínio. Excetuando o de argônio, que é visível ao olho humano, os demais são invisíveis. Nesse caso, o equipamento emite um feixe de luz vermelho chamado luz guia, que serve para indicar o local preciso onde o feixe de laser deve incidir. Esses lasers variam de acordo com a forma que são produzidos e classificados como de baixa ou alta potência, conforme a concentração de energia no feixe de luz.

Além dos tratamentos já citados, o laser é importante em casos de endodontia, pacientes que, mesmo após tratamento endodôntico convencional adequado, continuam contaminados por alguns microorganismos predominantemente anaeróbios, mantendo o processo de infecção. Para esses casos de difícil tratamento, utiliza-se, além da terapia convencional, o laser, que provoca importante redução microbiana.

Casos de mucosite oral, de canais, de herpes labial e de aftas podem ser tratados com laser. O Laboratório Especial de Laser em Odontologia, LELO, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), oferecerá no segundo semestre de 2008 um curso e um workshop ministrados por Carlos de Paula Eduardo, professor titular e diretor da FOUSP, mestre e doutor na área de Concentração Dentística, possui experiência na área de Odontologia, com ênfase em Estética, Lasers e Materiais Odontológicos.

O LELO é um centro de pesquisa e de ensino, além de clínica de laser, faz parte do Departamento de Dentística. O curso oferecido é o de “Laser na Prevenção e Tratamento de Mucosite Oral”, cujo período de inscrição começou no dia 1o de junho e se encerra no dia 24 de outubro, e o workshop é a respeito da “Utilização Clínica dos Laser com Sessões de Hand-On”, o período de inscrição nesse caso iniciou-se no dia 10 de junho e se encerra no dia 5 de novembro.

Mais informações: Laboratório de Laser em Odontologia – LELO
Faculdade de Odontologia – USP
Av. Prof. Lineu Prestes, 2227
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Fone: (0xx11) 3091-7645
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