ISSN 2359-5191

27/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 63 - Educação - Escola Politécnica
Faltam engenheiros qualificados para um Brasil em crescimento

São Paulo (AUN - USP) - O Brasil passa por uma fase de crescimento sólido e contínuo, nunca visto desde a década de 70, que configura um cenário de oportunidades de emprego para várias áreas da Engenharia. A quantidade de profissionais capacitados no país, no entanto, não atende à alta demanda, segundo o representante de empresa de Engenharia Promon, Carlos Pingarilho, em palestra na Escola Politécnica, da USP. Trata-se de um momento positivo para os estudantes de Engenharia do país, diz o palestrante.

Para acompanhar o crescimento econômico, é necessário investir em infra-estrutura, caso contrário, episódios como os apagões do começo desta década se repetirão. O governo anunciou uma série de projetos, já previstos anteriormente, no Plano de Crescimento Econômico (PAC), atendendo os setores de logística, energia e na área social e urbana. São projetos variados e complexos, como a extensão da malha ferroviária e rodoviária, por exemplo, orçados, no conjunto, em aproximadamente R$ 500 bilhões.

O setor de telecomunicações também vem presenciando um acentuado crescimento desde a quebra do monopólio estatal neste ramo na década de 90. O mundo apresenta uma média de crescimento de 6% ao ano neste setor, enquanto que a América Latina, devido a uma rápida modernização, cresce 13% ao ano. Isso cria uma demanda por engenheiros de telecomunicações, mecânicos e civis.

Entretanto, paralelamente a este contexto, não há investimentos governamentais para a formação dos profissionais. “O Brasil não está preparado para ocupar o espaço disponibilizado”, afirma o palestrante. A mão-de-obra brasileira, no geral, apresenta baixa qualificação e certificações, o que inibe ainda a instalação de empresas estrangeiras no país, desmotivadas também pelos impostos. Embora inúmeras faculdades sejam constantemente inauguradas, poucas oferecem cursos nas áreas de Engenharia e Tecnologia, pois estes requerem um conhecimento mais especializado.

Algumas empresas, como a Petrobrás, acabam por assumir o papel de formadoras, oferecendo cursos de especialização para seus funcionários. Outras, como a Promon, optam por contratar profissionais aposentados para trabalharem como disseminadores de conhecimento. Uma terceira alternativa é a importação de recursos humanos de fora do Brasil, como ocorreu no ramo das telecomunicações no final da década passada, quando havia poucos trabalhadores qualificados para esta área. A contratação de estrangeiros, além de custosa, é prejudicial ao país, que apresenta já alta taxa de desemprego.

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