ISSN 2359-5191

07/07/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 68 - Educação - Hospital das Clínicas
Perfeccionismo causa desequilíbrio emocional
Mulheres com mania de perfeição têm peso nas costas maior que o suportável

São Paulo (AUN - USP) - Tanto as exigências externas quanto as internas, as sobrecargas impostas às mulheres, como o ótimo desempenho profissional, pessoal, padrões de beleza, as tornam mais vulneráveis a doenças. Seja por subordinação ou por vaidade, muitas mulheres se cobram excessivamente e acumulam diversas responsabilidades para si. Porém, nem tudo é reconhecido e tanto esforço pode ser invisível e desrespeitado, sendo assim, é inevitável a frustração feminina.

É importante que haja respeito pelos próprios limites tanto para a saúde mental quanto física. Para o psiquiatra Joel Rennó Júnior, coordenador geral do Pró-Mulher, do Instituto de Psiquiatria da USP, a sociedade necessita repensar os papéis desempenhados pela mulher. “Penso que o homem, por exemplo, tem de dividir com ela as tarefas da casa e a educação da prole.”

Não ter perspectivas positivas faz com que as mulheres fiquem à disposição dos efeitos ansiosos do cotidiano. Muitas vezes, em ambientes de trabalho ou até mesmo familiar, o futuro apresenta sinais de escuridão. O psiquiatra afirma que é completamente desfavorável fingir que tudo está bem. “Geralmente, o medo motiva essa crença distorcida, que dura um breve período de tempo, mas logo sobrevém o estado de esgotamento com efeitos imprevisíveis.” A primeira coisa a fazer para retomar o controle da saúde emocional é reconhecer os sintomas. A segunda é identificar as causas do problema para então reduzí-lo.

Os principais sintomas de uma pessoa que sofre desse desequilíbrio emocional são: tensão elevada; insônia; falta de concentração; irritabilidade; formigamento ou dores de cabeça; beber ou fumar mais que de costume; apatia. Como forma de solucionar esse problema, é importante adotar condutas de cuidados com o próprio corpo, respeitar os tempos e limites do organismo como, por exemplo, os horários de refeição, sono, lazer, entre outras. Também é importante reduzir o consumo de alimentos que aumentam a agressividade e tensão, tal como carne, café, chocolates, álcool. Planejar o dia também ajuda muito, sem esquecer as horas livres, de lazer, esporte, atividades físicas. Pois todas essas coisas fazem bem e acalmam as tensões do dia-a-dia.

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