ISSN 2359-5191

10/07/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 69 - Saúde - Faculdade de Medicina
Eficácia do Programa Nacional de DTS/AIDS é comprovado por dados sobre a doença

São Paulo (AUN - USP) - Mariangela Simão, diretora do Programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde, mostrou um panorama das doenças no I Simpósio Internacional de Aids e Saúde Mental, ocorrido recentemente na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Além de muitos dados, Mariângela demonstrou que o principal desafio do Programa, agora, é lidar com o envelhecimento dos pacientes soropositivos.

Segundo Mariângela, “viver com AIDs hoje, é viver por muitos anos”, porém, envelhecer com AIDS ainda é complicado, a terapia antiretroviral é bastante agressiva ao corpo. Ela afirma que é necessário se pensar sobre programas de longo prazo de tratamento. O programa, atualmente, engloba 94,8% dos soropositivos do país, mas o problema reside nas pessoas que começam a se tratar tardiamente (44% dos casos). Mariângela apontou que quando se comparam com o Estados Unidos, o Brasil tem melhores números, porém ela avisa que os EUA não devem ser parâmetros de comparação, já que este país não promove o tratamento gratuito a seus doentes.

Entre os muitos dados que Mariângela citou, o mais contundente é o que versa sobre a quantidade de municípios que contém, pelo menos, um caso de soropositivo no Brasil: 85%. Dessa forma, o programa de prevenção precisa ser ampliado a cada ano. Neste ano, o Governo disponibilizou um bilhão de preservativos masculinos para que o programa pudesse distribuir pelos Estados; ano que vem, há a perspectiva de se distribuírem um bilhão e 200 milhões de preservativos.

Mariângela alertou que “preservação não é só o uso de preservativo”, e que o programa não apenas dá preservativos para a população, como também, ensina-a sobre os perigos das DST´s e sobre outras formas de se preservar. As críticas feitas a essa iniciativa dizem que o Governo incentiva o sexo quando distribui preservativos, Mariângela defende o programa dizendo que não adiantaria se eles apenas falassem e preservação, falassem em proteção e não disponibilizassem isso a população.

Outro novo desafio para o programa de prevenção é o aumento no número dos casos de AIDS em mulheres. Em 1985, quando a doença apareceu para cada 26 homens soropositivos, existia uma mulher. Hoje, para cada 16 homens há dez mulheres. Entre 13 e 19 anos, há mais casos de HIV em mulheres que em homens!A pergunta que fica entre as pessoas que fazem o programa é: como falar com as meninas sobre sexo? Como abordá-las? Tais questões serão respondidas ao longo dos anos.

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