São Paulo (AUN - USP) - Diferente dos eventos geralmente promovidos no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq-USP), o workshop realizado em conjunto entre a organização do Instituto e a Associação Viva e Deixe Viver ensinou a alunos e médicos “A descoberta do brincar e a arte de contar histórias na Saúde Mental”.
Para quem entra no anfiteatro do IPq e vê toda aquela sobriedade no ambiente logo se sentiu em casa ao ver Valdir Cimino, fundador do Viva, fazer sua apresentação com um boné cheio de chaves coladas por toda a cabeça. O Viva tem um grupo de contadores de histórias voluntários, mas treinados que contam histórias para as crianças que estão internadas dentro do IPq e combatem com o riso toda a carga de exaustão que a doença carrega.
Em pesquisa divulgada durante o workshop, mesmo os funcionários sentem-se melhor com a presença dos contadores de histórias. O diretor de serviço do IPq, Ênio Roberto de Andrade (que também poderia ser um contador de histórias após divertir a platéia que o assistia), ressaltou a necessidade de se tratar a criança de forma diferenciada.
A programação do dia esteve repleta de oficinas para as quais as pessoas podiam se inscrever e participar. Elas aprenderam um pouco sobre o lado lúdico do atendimento ao paciente, mas também aproveitaram para dar umas boas risadas com o pessoal do Viva, que faz um trabalho semelhante ao dos Doutores da Alegria. O Viva anunciou que pela primeira vez conseguiu o apoio ao desenvolvimento de um jogo para as crianças. Trata-se de um baralho que será útil em seus tratamentos.