São Paulo (AUN - USP) - O Programa Dupla Formação, parceria entre a Escola Politécnica (Poli) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), tem alta adesão dos alunos de Arquitetura, mas pouco interesse dos futuros engenheiros. Há 20 vagas anuais para cada faculdade e o desempenho acadêmico do aluno é o que determina sua seleção para o programa. No caso da FAU há grande concorrência e todas as vagas são preenchidas, porém, poucos alunos da Poli se aventuram buscar experiências em outra unidade.
Instituído desde 2004, o Programa de Dupla Formação PoliFau oferece intercâmbio de dois anos aos alunos de graduação das faculdades de Engenharia Civil e Arquitetura. O aluno interrompe sua graduação na unidade de origem e passa a frequentar aulas na outra escola. A intenção é oferecer uma troca de rotina acadêmica e com isso colocar o aluno em contato com outros ambientes, o que na prática é inerente ao meio profissional da construção onde é comum a parceria com profissionais de diferentes áreas. O aluno que participa do projeto tem uma formação multidisciplinar e pode aprofundar com detalhamento questões que em sua unidade de origem seriam dadas de forma geral.
A professora da FAU e membro da Comissão de Coordenação do PoliFau, Cláudia Oliveira, ressalta que o programa não concede um duplo diploma, mas sim uma complementação na formação do aluno. Depois de graduado, o aluno apresenta seu currículo acadêmico para análise no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), que mediante análise concede novas atribuições profissionais.
A dupla formação, embora aumente a graduação em mais dois anos, é interessante para o mercado de trabalho da construção porque possibilita a existência de um profissional capacitado na resolução de problemas complexos. Para o profissional de hoje é necessário pensar a construção do ponto de vista do conforto ambiental, do detalhamento e logística dos custos e principalmente, entender o mundo real a partir de conhecimentos prévios dado pela história.