ISSN 2359-5191

16/09/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 85 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Biociências
Células-tronco tratam distrofia muscular em camundongos

São Paulo (AUN - USP) - O Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) conseguiu tratar camundongos com distrofia muscular através de terapia com células-tronco. A pesquisa foi feita pela aluna de Doutorado Natássia Vieira e orientada pela professora Mayana Zatz do Instituto de Biociências da USP (IB-USP), onde se localiza o CEGH. As células utilizadas para o tratamento foram células-tronco de gordura humana. Apesar de ainda no início, os estudos apontam na direção de ajudar pessoas que têm degeneração muscular.

A distrofia muscular é um termo utilizado para dezenas de doenças genéticas que provocam fraqueza e degeneração dos músculos esqueléticos, ligados aos movimentos voluntários. Tais doenças têm caráter hereditário e, portanto, não podem ser prevenidas. Atualmente, as distrofias musculares não têm cura e os tratamentos são pouco eficazes – só retardam o desenvolvimento da doença e ainda trazem efeitos colaterais.

Natássia aproveitou células-tronco adultas de lipoaspiração para implantar em roedores que já tinham a doença genética. Apesar dessas células não terem capacidade tão grande de se especializar em vários tipos de célula, por ter alguns genes já silenciados, ela encontrou garantias de que as de gordura teriam compatibilidade com o tecido muscular. As células-tronco com maior variabilidade são as embrionárias, mas estas só tiveram a liberação para estudos garantida no Brasil recentemente.

Numa pesquisa aprovada em abril deste ano a pesquisadora comprovou que a célula-tronco de gordura interagia com o músculo. Resolveu investir, então, nessa capacidade e injetou-as pela veia caudal dos animais. Passado o período da experiência, foram encontradas as tais células de gordura humana nos músculos afetados dos camundongos. Foram realizados testes físicos e ensaios imunológicos comprovando que os organismos não rejeitaram as novas células.

O artigo que traz os resultados foi aprovado no final de junho. O laboratório onde Natássia trabalha, do Centro de Estudos do Genoma Humano, já tem nove artigos publicados nessa área e uma patente.

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