ISSN 2359-5191

24/09/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 91 - Economia e Política - Escola Politécnica
Shoppings lucram com Cidade Limpa

São Paulo (AUN - USP) -Com a implantação da Lei Cidade Limpa pela atual gestão da Prefeitura de São Paulo, que passou a proibir toda espécie de anúncio publicitário em outdoors no perímetro urbano da cidade, as empresas têm buscado alternativas para anunciar seus produtos e serviços. Um dos locais mais procurados têm sido os shoppings centers, segundo informou Marcelo Carvalho, presidente da ABRASCE (Associação Brasileira dos Shopings Centers), na ocasião do VIII LARES (Sociedade de Real Estate da América Latina, da sigla em inglês), que ocorreu na Escola Politécnica recentemente.

As ações publicitárias em shoppings center já representam 13% de seu faturamento e costumam se dar por anúncios em pilastras, em banners, nos espaços aéreos, nos estacionamentos, em quiosques e inclusive em promoções conjuntas entre empresas. Há 20 anos essa prática era inexistente.

“Com a Lei Cidade Limpa, os anunciantes ficaram mais interessados em anunciar nos pontos de venda, que é onde é tomada a decisão de compra”, afirma Carvalho. A localização dos anúncios dentro do shopping, um espaço majoritariamente visitado por quem está interessado em consumir, acaba levando a mais resultados que anúncios de rua. Carvalho também ressalta que a própria proximidade do anúncio e da loja anunciada chama mais atenção do consumidor. “O shopping center é um lugar natural para esses anúncios”, diz Carvalho.

A mudança tem tido impacto positivo nas vendas dos comerciantes. Segundo dados da ABRASCE divulgados por Carvalho, passam pelos shoppings do Brasil cerca de 305 milhões de pessoas por mês, o que representa 1,5 da população brasileira.

A possibilidade de maiores resultados tem atraído não apenas o comércio tradicional como outros segmentos de mercado, como bancos e empresas de cartões de crédito. Segundo Carvalho, “a demanda é cada vez maior”. Em 2007, o crescimento do setor de shoppings cresceu 16%. A projeção de crescimento para este ano é entre 11% e 12%.

O setor automobilístico é um dos que, embora não tenha expressivos pontos de venda em shoppings centers, tem procurado realizar ações nesses estabelecimentos. “Uma prática muito comum são as ações conjuntas”, informa Carvalho. Duas empresas se associam e oferecem uma promoção em conjunto com o shopping para aumentar as vendas de seus produtos. “Uma empresa de cartão de crédito pode se associar a uma de carros e ao shopping, e fica determinado que se o consumidor fizer em compras no shopping com o cartão da empresa envolvida, ele concorre ao carro da empresa associada”, exemplifica o presidente da ABRASCE.

Marcelo Carvalho acrescentou que quer aproximar a ABRASCE do meio acadêmico para aprofundar os estudos e pesquisas no ramo dos shoppings center, setor que representa 18,5% do varejo brasileiro e tem aumentado cada vez mais seu peso na economia doméstica do País.

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