São Paulo (AUN - USP) - Um estudo da Escola Politécnica da USP está aperfeiçoando as máquinas rotativas. Toda máquina que gira para exercer sua função é considerada rotativa, como motores e turbinas de hidroelétricas. A vibração que essas máquinas sofrem influenciam seu funcionamento, por isso o estudo é baseado na menor vibração possível.
O professor de Engenharia Mecânica, Demetreio Cornilios Zachariadis, que está estudando este movimento há sete anos, já aprimorou turbinas para navios da Petrobrás e suas pesquisas já lhe renderam prêmios no exterior. Ele tem o objetivo de dar suporte para desenvolver esses equipamentos para que não chacoalhem, fazendo com que a máquina toda dure mais, e estabelecer meios de manutenção melhores para esses equipamentos.
Um de seus estudos está voltado para a construção de hidroelétricas menores, como mini-usinas, que são mais baratas. Além disso, “o impacto ecológico seria menor e se gastaria menos com linhas de transmissão, que, além de serem caras, perdem muita energia”, afirma o professor.
Outra aplicação importante do estudo está no ramo automobilístico, no turbo de carros, que aumenta a potência do motor. Hoje em dia, os turbos já são construídos no Brasil, mas a tecnologia é toda importada. O professor já está trabalhando com uma empresa brasileira para desenvolver a tecnologia no país e evitar que se paguem royalties por algo que pode ser feito aqui.
A bioengenharia também se utiliza dessa tecnologia. A vazão dos líquidos dados a um paciente é controlada por aparelhos rotativos. O aperfeiçoamento desses aparelhos fará com que esse controle da vazão seja mais preciso.
Essa tecnologia de máquinas rotativas também pode ser aplicada para produzir energia eólica, para propulsão de aviões com turbinas a gás, ou para gerar energia em usinas termoelétricas. Com esse aprimoramento, o custo desses empreendimentos ficará mais baixo, as máquinas durarão mais e serão mais confiáveis.