São Paulo (AUN - USP) -A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo inaugurou, em parceria com a Petrobras, o Centro de Excelência em Tecnologia de Aplicação em Automação Industrial (Cetai). O laboratório faz parte de uma parceria estabelecida em 1988, a qual integra o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Otimização e Confiabilidade da Petrobras (ProRec).
A infra-estrutura do centro de excelência será utilizada para treinar funcionários da Petrobras que irão trabalhar com o controle de processos de refino de óleos na empresa. Profissionais da petrolífera brasileira, docentes e alunos de pós-graduação do Laboratório de Simulação e Controle de Processos do Departamento de Engenharia Química da Poli-USP realizarão pesquisas no centro de excelência para a inovação tecnológica no campo da exploração de petróleo.
O programa elaborado conjuntamente pela estatal e pela Escola Politécnica tem como objetivo favorecer atividades acadêmicas que proporcionem o desenvolvimento no setor petroquímico, como o ensino de tecnologias de automação industrial que visam à produtividade, qualidade e segurança dos processos industriais nas refinarias da Petrobras. O laboratório foi implantado no âmbito das Redes Temáticas da Petrobras, criadas em parceria com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com as diretrizes estabelecidas por lei, ao menos 1% da receita bruta gerada pelos campos de grande rentabilidade ou grande volume de produção petrolífera deve ser investido em pesquisa e desenvolvimento. Cerca de 50% deste valor deve ser destinado a universidades e instituições nacionais. Atualmente, o projeto conta com 38 redes e 70 instituições participantes no País.
O contrato firmado entre a Petrobras e a Poli USP prevê cinco anos de parceria e poderá ser renovado. O centro de estudos, somente na primeira fase do projeto, recebeu um investimento de cerca de R$ 4 milhões. Segundo o coordenador da iniciativa, o professor Cláudio Oller, da Poli, “esse investimento deve ser maior, conforme o avanço das pesquisas realizadas no laboratório”.
Para Oller, a parceria estabelecida entre a universidade e a Petrobras é muito produtiva, tanto para a formação dos alunos, como também para a empresa petrolífera que usufrui de novas tecnologias. Porém, ele ressalta que “é necessário que a universidade consiga estabelecer limites para que não se torne apenas prestadora de serviços e, assim, a parceria seja proveitosa a ambas as partes”.