São Paulo (AUN - USP) - Um estudo feito pela Escola Politécnica da USP analisará o comportamento do asfalto das principais vias de São Paulo. O principal objetivo do projeto é determinar o melhor tipo de pavimento para cada avenida.
Quando se projeta uma rua, ou ela é recapeada, usa-se uma equação para calcular o tipo e a espessura do pavimento a ser aplicado. Essa equação, porém, é muito ampla, pode ser utilizada em qualquer região. Esse estudo analisará somente a cidade de São Paulo e descobrirá qual o melhor asfalto para as necessidades da metrópole.
Hoje em dia, uma vez que os cálculos são imprecisos, tende-se a usar mais pavimento do que o necessário para garantir a segurança. A relação custo/benefício fica de lado. O estudo fornecerá a quantidade certa do material, diminuindo os custos, e aumentando a durabilidade do asfalto, evitando, assim, tantos buracos nas pistas.
Avenidas como a dos Bandeirantes, Francisco Morato, Eliseu de Almeida, Salim Farah Maluf estarão sendo monitoradas. Nessas vias, somadas, passam quase 90.000 ônibus e caminhões por dia, numa única pista.
O estudo feito pela doutoranda Suyen Nakahara, professora de Engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é semelhante a um já feito no estado gaúcho pelo governo petista. Com a posse de Marta Suplicy na capital paulista, surgiu a necessidade de que essa análise fosse feita aqui também.
A maior dificuldade que o projeto encontra é em parar o trânsito. Para que o estudo possa ser feito, é preciso que a pista monitorada seja bloqueada por uma hora. Pedido não tão fácil considerando-se as avenidas escolhidas.
O estudo analisa o estado da pista antes do recapeamento e como o asfalto se comporta depois desse conserto. Calcula-se o número de carros que passam a partir do número de trincas formadas.
Quem quiser mais informações do projeto de Nakahara pode escrever para suyen.nakahara@poli.usp.br