ISSN 2359-5191

25/11/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 131 - Saúde - Escola Politécnica
Barulho do centro de Ribeirão pode prejudicar saúde

São Paulo (AUN - USP) -Estudo apresentado na Escola Politécnica da USP (Poli/USP) pelo engenheiro ambiental, Bruno Negreiros, mostra que o nível de ruído na região central do município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, ultrapassa os padrões recomendados pela resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA 1/90).

Os principais causadores de ruído são os veículos e o grande fluxo de pessoas, devido à vocação comercial da área. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limiar tolerável é de 66dB(A). Acima deste valor, a exposição ao barulho pode causar problemas à saúde do homem. “Algumas ruas apresentaram um nível mais alto de ruído, porque as medidas foram feitas próximas a superfícies refletoras”, afirma Negreiros. Entretanto, mesmo após a realização de cálculos que anulam a influência de agentes externos a fim de se aproximar ao máximo dos valores reais, alguns pontos ainda apresentaram níveis de pressão sonora de até 75,4dB(A). Valores semelhantes a esse já foram também observados por outros pesquisadores na cidade de Curitiba, PR.

O resultado do estudo é preocupante, porque, além de stress e cefaléia, que podem facilmente atingir qualquer transeunte submetido a tal pressão sonora, o barulho excessivo pode, em alguns casos mais raros, levar a sérios problemas de saúde. Estudos recentes dão conta de que a exposição a níveis de ruído acima de 70dB(A) podem acarretar sensíveis alterações neuropsíquicas. Outros danos como hipertensão arterial, alterações gastrointestinais, reações músculo-esqueléticas, alterações no funcionamento da tireóide, aumento da produção de adrenalina, alteração dos níveis de glicose e da proteína sanguínea, impotência sexual, ataque cardíaco, perturbação do sono, dificuldade de concentração, ansiedade e mudança na conduta social também podem ser desencadeados pelo barulho.

Como forma de amenizar o problema, o engenheiro propõe a arborização dos locais de alta pressão sonora, além da realização de mais pesquisas como essa. “Seria interessante que alguns destes trabalhos abordassem toda área urbana do município, identificando as áreas críticas da cidade”, afirma. Negreiros acredita que esse tipo de estudo poderia ajudar as autoridades a atenuar esse tipo de impacto ambiental.

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