ISSN 2359-5191

02/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 136 - Educação - Escola de Educação Física e Esporte
Unicamp apresenta trabalhos de ginástica acrobática na USP

São Paulo (AUN - USP) -A USP tem uma grande produção científica na ginástica artística. Entretanto, há uma outra área da modalidade que não é muito explorada pela universidade: a ginástica acrobática. Para apresentar a USP a esses trabalhos, Marco Bortoleto, professor da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF-Unicamp), juntamente com cinco alunos de pós-graduação e de um grupo de pesquisa, ministraram recentemente um mini-curso teórico-prático de ginástica acrobática na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP) como parte do Congresso de Iniciação Científica das duas universidades.

“A USP tem uma grande tradição em ginástica artística. Para propor algo diferente, trouxemos da Unicamp a nossa produção em ginástica acrobática”, disse Marco, na abertura do mini-curso. Entretanto, o professor afirma que a falta de atuação nesta área não é exclusividade da USP. Segundo ele, a produção de ginástica acrobática é quase inexistente no Brasil.

A idéia do mini-curso foi tentar aproximar a parte prática da teoria desenvolvida na produção acadêmica sobre o assunto. Logo no início, com o aquecimento, houve essa tentativa a partir de algumas brincadeiras que, segundo Marco, sempre tinham o objetivo de introduzir conceitos e saberes próprios da modalidade. Os alunos tinham de andar de maneira aleatória e, sempre que encontravam um companheiro, precisavam olhar em seus olhos, cumprimentá-lo, acompanhá-lo em seus passos. A finalidade do exercício era acostumar a pessoa ao contato e ao desenvolvimento da expressão, dois pressupostos essenciais na ginástica acrobática.

Outro princípio desenvolvido é o de força relativa, isto é, a força que relaciona os corpos que desenvolvem os movimentos acrobáticos. Para trabalhá-la, foram feitos exercícios em que os alunos encostavam um no outro e, enquanto um servia como base, o outro se desequilibrava. O primeiro deveria impedir que o segundo caísse. Com os exercícios, também foram trabalhados conceitos de equilíbrio, potência, postura e confiança. A orientação era de manter braços esticados, pois adquire-se mais força neles. Entretanto, mais importante que ela, é a colocação correta do corpo para permitir o equilíbrio e a execução dos movimentos sem dor, o que, segundo Marco, traz o êxito no trabalho: “Se o aluno sai da aula com dor, na próxima aula ele não vai querer aprender mais, pois tem medo de se machucar”. Quanto à potência e à postura, pode-se dizer que elas estão diretamente ligadas: com uma postura errada, o apoio perde a potência e não consegue suportar o peso do companheiro.

Em meio a tantos exercícios, o professor Marco mostra que não existe uma técnica única, correta e absoluta para a execução dos movimentos e figuras da ginástica acrobática. A melhor, segundo ele, é a que permite ao ginasta continuar aprendendo novos elementos. “Se a técnica te soluciona um problema, mas te cria outro, ela não é a mais adequada. Ela será uma técnica eficaz quando resolver os demais problemas que surgirão com a continuidade da prática”, afirma.

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