São Paulo (AUN - USP) -Cerca de duzentos e sessenta participantes do projeto Bandeira Científica estarão em dezembro na cidade de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. Serão 220 estudantes e 40 profissionais vinculados a USP, realizando atividades de saúde – atendimentos em diversas especialidades, conscientização e educação. No ano passado, em Penalva (MA), as atividades de todas as áreas alcançaram o número aproximado de sete mil envolvidos.
Há pouco mais de uma década o projeto Bandeira organiza expedições anuais de pesquisa e assistencialismo para diversas cidades do país. A chegada está prevista para o dia sete de dezembro, e ate o dia 16 serão desenvolvidas atividades em nove áreas diferentes. Entre as quais Nutrição, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Engenharias Ambiental e Civil, Agronomia e Jornalismo. Dentro da área médica, haverá profissionais de clínica geral, pediatria, oftalmologia e outras. Segundo a secretária de saúde de Itaobim, Maflávia Ferreira, a principal carência da cidade é a falta de especialidades médicas. É grande o número de pessoas que já se consultaram com um clínico geral, e aguardam a assistência especializada. Muitas vezes a cidade necessita recorrer a um consórcio de saúde, que é na verdade um convênio entre onze cidades próximas para contratar médicos especialistas das metrópoles regionais, a fim de suprir essa demanda reprimida.
Além dos atendimentos médicos, serão tomadas ações voltadas à educação em saúde com agentes comunitárias, crianças nas escolas e população geral. Também será estudada a viabilidade de se construir um telecentro local, que seria um canal de comunicação entre a cidade do Jequitinhonha e as Universidades de São Paulo (USP) e a Federal de Minas Gerais (UFMG) – universidade parceira desse ano.
"Durante todo o projeto, pretende-se atender cerca de 2.400 pacientes de clínica geral e 1.200 oftalmológicos, além de serem realizados tratamentos dentários e trabalhos de educação sobre higiene bucal. Todos os medicamentos serão entregues gratuitamente, e também serão doados cerca de 700 pares de óculos e 24 próteses bucais totais", afirma Milton Crenite, aluno da Faculdade de Medicina. Os atendimentos médicos poderão ultrapassar esse número pois casos agudos serão recebidos sem agendamento prévio, além dos encaminhamentos de outras especialidades do projeto. A área de oftalmologia irá priorizar jovens e crianças devido a problemas na escola e idosos por causa dos maiores riscos de acidentes causados por problemas de visão.