ISSN 2359-5191

11/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 143 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Programa “Envelhecer Sorrindo” comemora mais um ano de sucesso

São Paulo (AUN - USP) -Projetos de extensão na Universidade de São Paulo que tragam benefícios a comunidade não universitária são uma demanda constante da sociedade para com a USP. E o programa “Envelhecer Sorrindo”, da Faculdade de Odontologia (FOUSP) é um bom exemplo de trabalho bem sucedido nessa área. Recentemente o programa, que também é organizado como uma ONG para não se prender a burocracia universitária, comemorou mais um ano de atendimentos em evento no CEPEUSP. Foram realizadas atividades físicas e recreativas para os idosos atendidos pelo programa.

Basicamente o trabalho do “Envelhecer Sorrindo” é oferecer atendimento odontológico a idosos. Na maioria dos casos os tratamentos são relacionados à implantação e manutenção de próteses dentárias. Ele é realizado pelo Departamento de Próteses da FOUSP e dirigido pela professora Maria Luiza Frigério. Além do tratamento odontológico é oferecido tratamento fonoaudiólogo e fisioterapêutico, dependendo da necessidade do paciente, que mostram o caráter interdisciplinar do projeto.

Além disso o tempo da espera até a consulta é preenchido pelo trabalho da pedagoga e arte terapeuta Lydia Mendonça. Num espaço improvisado no subsolo do prédio da Faculdade, no entre e sai dos dentistas entre a clínica de atendimento aos pacientes do programa e a entrada do Departamento de Próteses, são realizadas sessões de pintura, leitura e escrita, “a proposta é que eles produzam e estimulem sua criatividade. Como a sociedade pressiona e força o esquecimento do idoso, aqui tentamos potencializar e mostrar o que eles têm a oferecer”, diz Lydia, explicando a proposta de seu trabalho, que é orientado pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP O público atendido é diverso e em grande número, mesmo sem divulgação formal do atendimento. Segundo Maria Luiza, cerca de 120 pacientes são atendidos por ano.

Mário Scappini é ex-publicitário e é paciente do programa. Ele descobriu o atendimento através do sobrinho, que estudou na FOUSP. “Já passei por clínicas particulares e é difícil ter o mesmo bom atendimento que aqui. Você é atendido pelos alunos, gente que faz o mestrado” diz Mário, que já trabalhou como diretor de arte de revistas e auxilia Lydia Mendonça nas atividades artísiticas. Celina dos Santos é moradora do Rio Pequeno e é atendida a quase um ano pelo projeto. Ela foi redirecionada pelo posto de saúde local para um tratamento na sua prótese dentária “Aqui eles só cobram uma taxa pelo material de atendimento, da última vez paguei só 32 reais pelo tratamento”.

O atendimento da arte-terapia acaba ajudando o trabalho de dentista. Segundo Maria Luiza esse trabalho tem uma razão de ser: alguns pacientes têm medo do atendimento e esse trabalho os acalma. Além disso ela diz que “o paciente idoso se sente excluído da sociedade porque ele não trabalha, a renda dele diminuiu, ele está ultrapassado e muito fragilizado”, por isso essa ajuda é bem vinda.

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