ISSN 2359-5191

12/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 144 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Inflamações na mandíbula podem gerar fortes dores de cabeça

São Paulo (AUN - USP) -Um alerta para quem vive tendo dores de cabeça e não sabe por quê: ao contrário do que se pensa, elas podem não ter nada a ver com problemas neurológicos, mas serem culpa de inflamações na articulação da mandíbula. Quem afirma isso é o professor Matsuyoshi Mori da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP). “Quando há dor de cabeça ninguém pensa que pode ser algo do aparelho mastigador. Inicialmente procura o tratamento neurológico e, nada encontrando vai ao ortopedista e posteriormente ao otorrino. Geralmente, este último diagnostica e encaminha o caso pro dentista”.”. Mori é diretor do SOA, Serviço de Oclusão e ATM, que atende pacientes com problemas nas articulações mandibulares e é oferecido na clínica da FOSUP.

Segundo o professor esse tipo de inflamação afeta muitas pessoas e é responsável por muitas alegações de falta nos ambientes de trabalho “Cerca de 30% das faltas no trabalho por dor de cabeça são por dores desse tipo”. Ele ainda aponta as principais fontes de alterações na mandíbula e que acabam gerando essa inflamação: alguma pancada sofrida na região, a falta de dentes que altera o padrão da mordida ou algum estresse emocional que é refletido na boca, enrijecendo os músculos da região e afetando a maneira como a pessoa mastiga. “É uma inflamação que pode gerar uma dor muito forte, que pode espalhar pra nuca, calota craniana, ombros, pelve, etc” diz o professor.

Devido a possível influência de fatores emocionais nesse tipo de inflamação, o tratamento oferecido no SOA não é apenas odontológico, mas também pode ser psicológico. Mori afirma que primeiramente os pacientes assistem a uma aula que explica como surge essa inflamação e apontam os possíveis motivos da dor. Muitos só de ouvirem falar sobre o que se trata exatamente, descobrir que pode se tratar de estresse e ver que outras pessoas estão passando pela mesma situação já apresentam melhoras.

Além da participação de dentistas e psicólogos, dependendo dos casos também são realizadas sessões de fonoaudiologia, fisioterapia, acupuntura, laser, homeopatia, quiropraxia e mesmo de hipnose.

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