ISSN 2359-5191

18/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 148 - Meio Ambiente - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Doenças em Animais Selvagens é tema de curso de professora da USP

São Paulo (AUN - USP) -O rápido crescimento no mercado de cuidados, tratamentos e mimos com animais domésticos é tema recorrente na mídia. Essa atenção, contudo, ainda não é destinada para os estudos que tratam de animais selvagens. Para tentar contornar essa tendência a ABRAVAS (Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens) realizou recentemente XI Congresso e o XVII Encontro da entidade, com o tema “Clínica de Animais Selvagens”, no Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE), em Santos (SP). Um dos mini-cursos ofertados no evento foi apresentado com o título “Patologia Clínica de Animais Selvagens”, pela professora Eliana Reiko Matushima, do Departamento de Patologia (VPT), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade de São Paulo (USP).

Com o objetivo de tratar do estudo das doenças em animais que estão longe do ambiente domesticado, o curso, ministrado em parceria com o professor Arnaldo Rocha, da Faculdade de Medicina Veterinária (FMV), do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UNIFMU), teve como público-alvo estudantes e profissionais da área veterinária. “Focamos na formação e capacitação de alunos e profissionais da área de medicina veterinária em animais selvagens”, explica Eliana.

Eliana destaca que, apesar do diferente ambiente de sobrevivência, a forma de tratamento é, na verdade, muito parecida. “O que é diferente é quando lidamos com animais que não estão acostumados com a presença humana e com isso se torna mais difícil a contenção dos animais. O mesmo se aplica com animais mantidos em cativeiro (zoológicos), que, teoricamente, pode ser mais fácil, mas não necessariamente quando se compara com os animais de vida livre”, diz a professora. Especialista em Odontologia, e também participante do evento, o professor Marco Antonio Gioso, do Departamento de Cirurgia (VPI), aponta algumas diferenças: “Em animais domésticos, em algumas oportunidades, pode-se examinar a boca com o animal não anestesiado. Nos silvestres é impossível para muitos espécimes, especialmente carnívoras e alguns símios”.

Apesar de o termo Patologia indicar a ciência que estuda as doenças, Eliana indica a impossibilidade de enumerá-las em sua totalidade: “Infelizmente não tenho como enumerar todas as afecções diagnosticadas em animais silvestres, pois existe uma infinidade. Posso dizer é que são semelhantes aos dos animais domésticos e algumas outras ainda não foram diagnosticadas em silvestres. Na forma de serem combatidas, existem diversas formas de tratamento, de acordo com cada doença”, afirma Eliana.

Criada durante o XXIV World Veterinary Congress, em 1991, no Rio de Janeiro, sendo posteriormente fundada em Curitiba, a ABRAVAS surgiu com o objetivo de congregar médicos veterinários interessados na área de medicina e manejo de animais selvagens, assim como os estudantes da área. Entidade de âmbito nacional, com caráter científico e cultural, busca promover aprimoramento cientifico, cultural, técnico e social de seus membros.

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